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Evento inspirado em Harry Potter deixa clientes frustrados no DF

Segundo participantes, organização do festival Expresso Mágico deixou a desejar. Produtora minimiza problemas

atualizado

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Arquivo Pessoal
expresso mágico
1 de 1 expresso mágico - Foto: Arquivo Pessoal

Clientes que pagaram para participar do evento Expresso Mágico, neste domingo (17/9), na Sociedade Hípica de Brasília, ficaram insatisfeitos. Segundo participantes, o festival, inspirado no universo do personagem Harry Potter, apresentou problemas que vão desde falhas na programação à estrutura preparada pela produção do evento, que eles consideraram precária. Um grupo de clientes, inclusive, já se prepara para tomar medidas judiciais contra os organizadores do Expresso Mágico. Os organizadores, no entanto, minimizam os problemas.

A jornalista Daysa Tarrumã, 28 anos, é uma das insatisfeitas com o evento. Ela foi ao festival para acompanhar o irmão, de 11 anos. No entanto, afirma que a magia da festa estava mais para maldição. “O festival não tem estrutura quase nenhuma. A gente paga caro e é tratado desse jeito. Não se preocuparam nem em fazer uma cerca em volta das atrações, então muita gente entrou de graça”, alega Daysa.

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Com ingressos entre R$ 200 e R$ 280, o Expresso Mágico estava marcado para começar às 8h30 e seguir até as 20h30. A programação previa atividades que faziam alusão aos livros de Harry Potter, como campeonato de quadribol e caçada pela pedra filosofal. Segundo Daysa Tarrumã, no entanto, os problemas já começaram na entrada e só continuaram.

“Esperamos duas horas na fila para entrar. A programação só começou às 16h, com o campeonato de quadribol. A comida acabou às 13h e só foi reposta horas depois. Várias pessoas que deveriam ganhar uma capa de brinde não receberam, e os materiais que fazem parte do kit incluído no preço do ingresso eram de baixa qualidade. Quando a gente tentou reclamar, os organizadores foram muito grossos”, afirma a jornalista.

Por conta da insatisfação, um grupo de pelo menos 23 participantes se reuniu para pensar em medidas para reaver o dinheiro gasto. Em uma rede social, vários fizeram relatos dos problemas.

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A empresa responsável pela organização do Expresso Mágico, no entanto, apresenta outra versão. Ao Metrópoles, a produtora Chams afirma que uma minoria dos clientes ficou insatisfeita com o evento. “Quem conhece realmente os livros e a história está se divertindo muito”, afirmou uma representante da empresa à reportagem.

Outro lado
A Chams admite que houve uma demora na entrada do evento, mas considera o atraso “normal”. “Tínhamos que entregar brindes e muitas pessoas apareceram com acompanhantes, então era esperado que algo do tipo pudesse acontecer”.

Segundo a produtora, as capas que deveriam ser entregues como brindes acabaram antes do tempo porque participantes que não tinham direito a elas acabaram pegando. No entanto, afirma que foram recolhidos os endereços de todos os clientes lesados e que o brinde será entregue na casa dos participantes.

Alega ainda que a comida não acabou e que as filas para alimentação ficaram grandes por conta da alta demanda ao mesmo tempo. A Chams também descarta a possibilidade de que não pagantes tenham entrado no evento. “Foi a primeira vez que o festival ocorreu, então, é claro que não foi perfeito. Mas já tivemos diversos exemplos de eventos que melhoraram com mais experiência”, afirma a produtora.

Por fim, a empresa mandou ainda depoimentos que supostamente seriam de clientes satisfeitos com o Expresso Mágico:

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