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Estado grave impede transferência de ex-senador boliviano para o HFA

Roger Molina pilotava aeronave que caiu em Luziânia (GO), Entorno do DF, no sábado (12/8)

atualizado

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1 de 1 rogermolina - Foto: Facebook/Reprodução

Segue instável e grave o estado de saúde do ex-senador boliviano Roger Pinto Molina, 58 anos. De acordo com boletim médico divulgado pelo Hospital de Base do DF (HBDF), o paciente está em ventilação mecânica, com suporte clínico na sala vermelha, local de cuidado e vigilância intensiva.  Apesar de o Hospital das Forças Armadas (HFA) ter disponibilizado um leito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o ex-senador, o estado de saúde dele ainda não apresenta condições para a remoção.

Roger tem traumatismo cranioencefálico. Foi feita drenagem bilateral no tórax, traqueostomia de urgência e o paciente continua sem indicação de cirurgia.

Molina pilotava uma aeronave que caiu em Luziânia (GO), Entorno do DF, no sábado (12/8). Técnicos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), da Força Aérea Brasileira (FAB) estiveram no Aeroclube de Brasília, que tem sede operacional no local, para captura de fotos, coleta de documentos e entrevistas com testemunhas.

O modelo experimental do ultraleve possuía registro na Agência Nacional de Aviação (Anac) e tinha prefixo PU-MON. Roger Molina fez a parada em Luziânia para abastecimento. O destino final era Brasília, cidade onde o ex-senador mora. Um vídeo divulgado na página do Facebook Radar Luziânia On Line mostra Molina taxiando pouco antes da decolagem.

 

Molina foi senador na Bolívia pelo Plano de Progresso para a Bolívia – Convergência Nacional, partido de extrema direita. Ele se tornou conhecido no Brasil em 2012 quando, acusado no governo Evo Morales por irregularidades como dano econômico ao Estado, estimados na época em US$ 1,7 milhão, em mais de 20 processos, se refugiou na embaixada do Brasil em La Paz.

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Conseguiu asilo no Brasil no ano seguinte sob alegação de perseguição política. Molina foi transportado de carro pela fronteira boliviana em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Sua fuga causou dissabores ao governo brasileiro e levou à demissão do então ministro das relações exteriores, Antônio Patriota.

O ex-senador também foi lembrado em 2016, dessa vez por conta do acidente com o avião da Chapecoense, na Colômbi. Ele era sogro do piloto da aeronave, Miguel Quiroga, e um dos donos da empresa Lamia. Quiroga era casado com Daniela, filha de Roger Molina, com quem teve três filhos.

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