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Presídio no Entorno adota execução do Hino Nacional em “Dia Cívico”

Detentos têm o dever de comparecer uniformizados e manter-se em posição de respeito durante a cerimônia

atualizado

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Presídio de Formosa
1 de 1 Presídio de Formosa - Foto: Reprodução

Uma portaria da Diretoria Geral do Presídio Estadual de Formosa (GO) determinou a todos os detentos o dever de, uma vez por semana, cantar o Hino Nacional durante ato cívico. O objetivo da medida é “resgatar o conjunto de princípios éticos, morais e cívicos para o reingresso à sociedade”.

O documento cita, ainda, o respeito aos símbolos nacionais, patriotismo, cidadania e a “indispensável conscientização do papel social do indivíduo perante a sociedade e a família”.

A portaria estabelece que todos os reeducandos devem estar devidamente uniformizados, em atitude de respeito, devendo manter-se de pé e em silêncio até ser iniciada a execução do hino. “Com o dever de orgulho patriótico, devem posicionar e manter a mão direita sobre o tórax durante toda a execução do Hino Nacional”.

O Metrópoles questionou a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) sobre eventuais punições a detentos que não quisessem participar da solenidade. O órgão, no entanto, não comentou sobre possíveis sanções a quem não quiser cantar o hino.

Portaria determina execução do Hino Nacional em presídio de Formosa by Anonymous VEHPiRC1uQ on Scribd

 

A DGAP informou apenas que o “Dia Cívico” (geralmente às segundas-feiras) é uma iniciativa da direção da unidade de Formosa, “criada com o objetivo de dar ao preso a oportunidade de participar de ação ressocializadora, conforme determina a Lei de Execução Penal”.

Segundo a diretoria, a medida foi amplamente debatida com a população carcerária, “que entendeu o objetivo da proposta de levar às autoridades dos Poderes Executivo e Judiciário, além do Ministério Público, o compromisso dos apenados com o bom comportamento e o resgate de valores sociais”.

O ato cívico da execução do Hino Nacional vem se disseminando pelo Brasil. Além da penitenciária goiana, unidades em Roraima e Rio Grande do Norte já adotaram a reprodução da música-símbolo do Brasil.

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