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Em vídeo, amigo de médico morto diz que era pago para protegê-lo

Em outro momento, o policial reformado Ringre Pires negou a informação aos PMs, assim como que tenha apontado arma para viatura

atualizado

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Divulgação
Ringre-Pires
1 de 1 Ringre-Pires - Foto: Divulgação

Um vídeo que circula em grupos de WhatsApp mostra o momento da abordagem da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), após o médico endocrinologista Luiz Augusto Rodrigues, 45 anos, levar um tiro na cabeça e morrer na 315 Sul, na madrugada de quinta-feira (28/11/2019).

As imagens registraram o amigo dele, o policial reformado Ringre Pires, pedindo desculpas e dizendo que estava protegendo o médico, que era amigo dele.

Visivelmente embriagado, o policial aposentado pede perdão e confirma que recebia dinheiro para fazer escolta do médico.

“Entre nós aqui, eu tomei uma e eu estava protegendo ele. O doutor Luiz, ele me paga para proteger ele. Me desculpa. Perdão, então”, disse o sargento, ao ser perguntado por que apontou a arma para a viatura.

Depois, ele questiona se os policiais estão filmando a ação e afirma: “Cara, não, vocês estão filmando? Eu não apontei arma para a viatura. Cara, vocês estão querendo queimar a gente, né?”, falou o sargento.

Assista ao vídeo na íntegra:

Contradição

Segundos depois, ele volta atrás sobre ser pago pelo médico para fazer a segurança. “Ele não me paga não. É meu amigo. Vê como é que ele está”. Após esse momento, o homem para de ser filmado e o vídeo termina.

De acordo com o advogado do policial reformado, o cliente admite, porém, que encostou arma contra o peito após ver “um carro em atitude suspeita”. Ele também fala que o cliente relatou que havia bebido cerveja e uísque.

“Ele nega terminantemente isso. Por que um policial, sargento reformado, com mais de 30 anos de experiência, apontaria a arma para os próprios colegas de farda? Não tem motivo. Ele não estava ali praticando nenhum crime, não tinha por que fazer isso”, afirma Pedro Júlio Melo Coelho.

O tiro que atingiu Luiz Augusto saiu de uma carabina Imbel, calibre 5.56. Acionado, o Corpo de Bombeiros constatou a morte no local. O médico foi enterrado na manhã desta sexta-feira (29/11/2019), em Ceres (Goiás).

Afastado

O soldado que disparou o tiro que acertou o médico foi afastado das ruas. Ele se apresentou na 1ª DP (Asa Sul) e, por isso, acabou não sendo preso em flagrante.

Por meio de nota, a Polícia Militar afirmou que o tiro foi dado “diante do risco iminente”. Afirmou ainda que “os policiais não tiveram alternativa e efetuaram dois disparos, que atingiram um dos homens”.

A Secretaria de Segurança Pública diz que apura o caso. “Só após as conclusões, o GDF irá se manifestar”, destacou a pasta.

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