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“Militarização em escolas não será nossa principal marca”, diz Parente

Secretário da Educação se reuniu com Conselho de Notáveis e afirmou que adotará outras medidas para melhorar a segurança nos colégios do DF

atualizado

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MICHAEL MELO/METRÓPOLES
Escola da Estrutural pm
1 de 1 Escola da Estrutural pm - Foto: MICHAEL MELO/METRÓPOLES

Em reunião com o Conselho de Notáveis, nesta quinta-feira (16/05/2019), no Palácio do Buriti, o secretário de Educação do Distrito Federal, Rafael Parente, disse que a militarização das escolas públicas não será a única medida implementada para melhorar a segurança nas instituições de ensino. O grupo é formado por personalidades locais e nacionais que atuam na área e discutiu, no encontro, medidas para a educação.

Na ocasião, Rafael Parente admitiu que a segurança nas escolas é um problema que precisa de atenção. “Os estudantes não se sentem seguros dentro e os familiares dizem que esse é o principal problema a ser resolvido.” O secretário garantiu que o governo adotará novas estratégias para melhorar o cenário das instituições de ensino. “Temos travado uma luta para que a gestão compartilhada com a Polícia Militar não seja a principal marca da nossa gestão”, defendeu.

Segundo ele, a gestão compartilhada com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) não fará parte da realidade de todas as unidades de ensino porque cada uma tem especificidades diferentes. “A gente tem uma rede de aproximadamente 700 escolas. Podemos chegar no máximo a 10% delas”, explicou o secretário.

Atualmente, os centros educacionais da Estrutural (1), de Sobradinho (3) e do Recanto das Emas (308) já funcionam com o esquema de gestão compartilhada. As escolas passaram a ser denominadas de Colégio da Polícia Militar do Distrito Federal (CPMDF). Os PMs e bombeiros que atuam nos centros de ensino são responsáveis pelas atividades burocráticas e de segurança, como controle de entrada e saída, horários, filas, além de darem aulas de musicalização, ética e cidadania no contraturno.

Educa DF
Na reunião, Parente voltou a falar sobre o programa Educa DF. O projeto foi anunciado em março, com um pacote de medidas, como a instalação de 40 mil câmeras na rede pública de ensino, o fornecimento de internet para todas as unidades e a construção de 140 creches e escolas por meio de Parceria Público Privada (PPP).

O secretário adiantou que a primeira instituição reestruturada com as estratégias do Educa DF será inaugurada em 27 de maio. “Vamos fazer a inauguração dessa escola em Ceilândia. Depois, teremos outra em Samambaia”, disse.

Sugestões
O Conselho de Notáveis é formado por 20 integrantes. Dentre eles, estão o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Janio Carlos Endo Macedo; o superintendente executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, e a diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (CEIPE-FGV), Claudia Costin.

O grupo levantou discussões sobre temas como formação infantil e a saúde mental e assistência aos professores. O Conselho também debateu dados sobre a educação no Distrito Federal. As próximas reuniões com o secretário estão marcadas para agosto e dezembro.

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