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DF está no ranking dos que mais contratam consórcios de imóveis

Contratos de automóveis também estão entre os populares. Modalidade vale a pena para quem não tem pressa em adquirir um bem

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Casa própria, carro novo ou a viagem dos sonhos estão no imaginário de muitos brasileiros. Para realizar o desejo, a opção de quem quer adquirir um bem ou um serviço pode ser recorrer a um consórcio. Após contrato com uma administradora, o consumidor passa a pagar prestações mensais para a aquisição do bem. Para ser contemplado, é preciso ser sorteado ou fazer um lance.

A modalidade vem crescendo no país, de acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). Em junho deste ano, o sistema de consórcios somou 7,32 milhões de participantes ativos, o maior volume já registrado, contabilizando R$ 72,32 bilhões. Só no Distrito Federal, até o fim do ano passado, eram 98,9 mil consorciados.

O presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, atribuiu o crescimento o crescimento à mudança de comportamento dos brasileiros. “O consumidor substituiu a compra por impulso por planejamento financeiro e busca por uma forma de ter uma maior qualidade de vida”, afirma.

Os consórcios mais comuns são os de veículos e imóveis. No entanto, Rossi destaca outras modalidades que estão se tornando cada vez mais populares, como a de eletroeletrônicos. Há ainda outras opções: pacotes de viagens e até casamentos entram nos contratos.

Imóveis e automóveis

O Distrito Federal aparece entre as 10 unidades da federação que mais contratam consórcio de imóveis. A capital ocupa a posição desde junho do ano passado. Ao todo, são 20 mil consorciados, de acordo com dados da Abac. O DF aparece também no ranking dos locais que mais contemplam os cotistas: foram 708 no primeiro semestre deste ano.

Outro consórcio popular é o de automóveis. Do total de consorciados em todo o país, 85% possuem contrato no segmento. No DF, são mais de 8 mil, incluindo veículos leves, pesados e motos. Paula Rangel, 38 anos, faz parte desse total. Ela foi contemplada com a carta de crédito para a compra de um automóvel ao fazer um lance, após três meses de contrato com a administradora.

Depois de calcular, a publicitária acreditou ser melhor optar por um consórcio do que um financiamento. “Eu não tinha urgência de ser contemplada e o valor final ficava muito mais em conta que o financiamento”, afirma Paula.

Ela tomou cuidado com a administradora que contratou. “Eu não faria com uma [empresa] que não fosse tão conhecida ou que não tivesse uma indicação”, explica Paula. Apesar de achar que o consórcio é uma maneira de investir, a publicitária não optou pela modalidade por esse motivo, mas para adquirir um bem que gostaria.

Disciplina financeira

Um levantamento da Abac, de junho deste ano, aponta que o consórcio é considerado como investimento por grande parte dos jovens de 18 a 34 anos. A modalidade é a segunda forma de investir mais conhecida por pessoas de 25 a 34 anos, perdendo apenas para a poupança.

O professor de economia do Ibmec-DF Frederico Pechir destaca, no entanto, que “investimento é aquilo que você recebe juros em cima. Consórcio nada mais é do que uma forma de adquirir um bem ou serviço”. Ainda segundo Pechir, com o consórcio, o valor pago pelo que se contrata é maior, devido à taxa de administração.

Para o professor de economia, a modalidade vale a pena para pessoas que não tem pressa em adquirir um bem ou serviço. Se não for o caso, o economista recomenda um financiamento. O consórcio vale a pena também para quem não tem disciplina financeira. “Muita gente diz que não consegue economizar se não tiver um compromisso. O consórcio, então, funciona como uma muleta”, completa.

No caso das pessoas que conseguem economizar, a recomendação é que o consumidor guarde o valor das prestações que seriam pagas no consórcio. “A pessoa vai conseguir fazer um bom negócio, porque vai ter o dinheiro todo à disposição [para a compra] e, assim, é mais fácil até pedir por um desconto”, afirma Pechir.

Pesquise antes

O professor recomenda que, antes de contratar o consórcio, o consumidor pesquise se a administradora é cadastrada pelo Banco Central. De acordo com a relação no site da instituição financeira, são 1245 administradoras credenciadas no país — 68 delas no Distrito Federal.

O consumidor encontra ainda um ranking de reclamações contra as administradoras. A empresa em primeiro lugar teve mais de 1 mil reclamações, sendo 36 delas procedentes. A segunda colocada registrou quase 900 reclamações, de acordo com o Banco Central. Desse total, seis foram descumprimento da lei ou regulamentação.

As reclamações mais recorrentes são descumprimento de obrigações previstas em contratos; de cláusulas referentes à devolução de valores, em caso de dissolução do grupo, por exemplo. Há também queixas sobre irregularidades relacionadas à liberação do crédito.

O professor afirma ainda que, além de consultar as informações disponibilizadas pelo Banco Central, é importante conferir a reputação da empresa em sites como o Reclame Aqui ou em órgãos como o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-DF).

O presidente executivo da Abac recomenda ainda que o consumidor não acredite em ofertas apenas verbais, sem um contrato por escrito, e em promessas de contemplação.

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