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Carne bovina mais cara eleva preço de frango e porco

Sindicato aponta aumentos entre 10% e 20% no valor dos dois produtos. Para a proteína do boi, os preços chegam a ficar 25% mais caros no DF

atualizado

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stephanie phillips, Getty Images
Frango
1 de 1 Frango - Foto: stephanie phillips, Getty Images

O aumento do preço na carne bovina já foi percebido pelos consumidores do Distrito Federal. O Sindicatos do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas do DF (Sindigêneros) aponta altas de até 25%. Enquanto isso, a queda nas vendas pode chegar a 40%.

Os valores mais altos tiveram como resultado imediato a mudança no consumo dos brasilienses, que estão optando por outras proteínas, como o frango. No entanto, o aumento na procura por alternativas leva também à elevação desses itens.

A estimativa é de que o preço do frango e da carne de porco varie entre 10% e 20%. “Por se tratar de valores diferenciados e menores, em alguns casos, não percebemos o valor [mais alto]”, afirma.

Para o presidente do setor do Sindigêneros-DF, Francisco Carvalho, é natural que a elevação dos preços aconteça, uma vez que há aumento na procura por outros produtos que substituam a carne bovina.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de novembro, prévia do indicador oficial da inflação no país medida pelo IBGE, apontou um novo aumento do valor do frango para dezembro no DF: 0,46%.

Em outubro, o frango em pedaços, por exemplo, ficou 1,60% mais caro. Já o preço para a carne de porco registrou um aumento de 1,93% na prévia para novembro.

Frederico Pechir, professor de economia do Ibmec, espera que, quando passar o período de festas de fim de ano — época de aumento na demanda pelas carnes —, o preço dos alimentos pare de subir. “Mas não vai voltar a ficar como estava antes”, afirma o especialista.

Outras substituições

Há outras substituições para a carne bovina, sem ser carne de porco ou frango. O ovo é uma delas. A proteína animal apresentou uma queda de 0,21% no preço, de acordo com a prévia do IBGE.

A alternativa que também apresentou deflação na última pesquisa de preços do IBGE é o peixe. A queda alcançou 2,51%. Nutricionistas indicam ainda que o consumidor opte por proteínas vegetais, como cogumelos, grão de bico e lentilha.

Motivos

O principal motivo para a elevação dos preços é o aumento da demanda da China pelo alimento, consequência da peste suína africana que atinge o país. O vírus afeta apenas porcos, causando uma doença hemorrágica e quase sempre resultando na morte dos animais.

A alta do dólar da última semana também implicou no cenário atual. Com a moeda norte-americana em alta, é mais lucrativo para o produtor brasileiro vender a carne ao mercado externo.

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) cita ainda a aproximação das festas de fim de ano, que aumenta a demanda interna. Em nota, a associação acredita que a situação deve se equilibrar em janeiro e descarta a possibilidade de desabastecimento.

“Esta elevação nos preços atual de 40% em apenas dois meses não é sustentável e que ela deverá refluir em algum momento, embora os preços não voltem aos patamares de maio/junho passado”, afirmou a Abrafrigo.

A retomada das vendas de carne de frango dos Estados Unidos para a China deve influenciar a redução da procura de outras carnes pelos chineses.

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