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Durante assalto, Lázaro usou celular de vítima para enviar mensagens se passando por mulher. Veja print

Na conversa, o psicopata fingiu ser a vítima e avisou ao ex-marido que estava “com cólicas” e chegou a dar risadas durante o diálogo

atualizado

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Reprodução/PCGO
Lázaro Barbosa
1 de 1 Lázaro Barbosa - Foto: Reprodução/PCGO

Integrantes de uma família que sobreviveu após cruzar o caminho do psicopata Lázaro Barbosa, 32 anos, guardam recordações macabras sobre os momentos de terror vividos durante 4 horas, em que eles ficaram sob a mira de um revólver. No assalto ocorrido no dia seguinte à chacina da família Vidal, em 10 de junho, também no Incra 9, o casal e o filho ficaram reféns do maníaco.

Um fato chamou a atenção das vítimas.  Lázaro usou o celular da mulher para se passar por ela e não chamar a atenção de amigos e parentes. O Metrópoles teve acesso ao print da conversa travada entre o maníaco e o ex-marido da vítima. Em entrevista, a mulher contou à reportagem que enquanto o assassino revirava a casa em busca de comida, roupas e dinheiro, o celular não parava de apitar.

As mensagens enviadas por meio de WhatsApp incomodou Lázaro, que resolveu respondê-las. Na conversa, o criminoso fingiu ser a vítima e avisou ao ex-marido que estava “com cólicas”. Insistente, o homem pergunta se a ex-companheira havia resolvido um problema. Lázaro responde que não e reafirma estar sentindo cólicas. O maníaco chega a enviar uma risada (kkkkk) para o homem.

Veja conversa em que Lázaro usou o WhatsApp da vítima e se passou por ela:

print de WhatsApp

Cigarros de maconha

Durante o tempo que manteve a família refém, Lázaro afirmou que nem sempre foi criminoso, costumava frequentar a igreja e se considerava evangélico. “Ele relatou que, inclusive, tocava guitarra e baixo na igreja. Ele ficou extremamente nervoso quando disse que a Justiça ameaçava tirar a guarda da filha que estava sob os cuidados de sua companheira”, contou a vítima.

O psicopata garantiu às vítimas que caso a filha dele ficasse sob a tutela do estado ele “mataria mais que Corona”, fazendo alusão aos óbitos registrados durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus. Lázaro chegou a comentar sobre sua infância na Bahia. Durante a conversa, obrigou o casal a fumar dois cigarros de maconha.

As vítimas acabaram adormecendo. O maníaco as deixou trancada dentro de um dos cômodos da casa e jogou a chave no terreno. Horas depois, quando despertou, o casal conseguiu usar um arame para alcançar a chave e se libertar. Na fuga, Lázaro levou pães, biscoito, queijo água, além de dois celulares e roupas de frio.

Buscas prosseguem

No início da noite dessa quarta-feira (23/6), policiais que integram a força-tarefa que caça o assassino, intensificaram as buscas em uma região que fica a cerca de 5km da base instalada em Girassol (GO), Entorno do DF.

Pelo menos quatro viaturas foram acionadas para uma região de chácaras próximas à BR-070, entre Águas Lindas e Girassol. Policiais colocaram coletes à prova de balas, pegaram as armas e desceram dos veículos para atender uma denúncia. As equipes não deram detalhes da operação.

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Lázaro é suspeito de matar uma família no DF, balear quatro pessoas, entre elas um policial, e cometer uma série de assaltos com reféns durante a sua fuga em Goiás. Ele está foragido há 16 dias.

Desde que saiu do DF, Lázaro trocou tiros duas vezes com a polícia e também com um caseiro de uma chácara em Areia Branca, fazendo uma família refém. No entanto, desde a quinta-feira passada (17/6), não há informações oficiais sobre a presença dele na região.

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