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Dono de restaurante em crise na W3 Sul faz apelo para salvar negócio

O empresário José Carlos Ferreira Lucas, 43, estendeu duas faixas nas entradas do estabelecimento pedindo socorro

atualizado

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Reprodução/Redes sociais
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1 de 1 Socorro-restaurante-W3-1 - Foto: Reprodução/Redes sociais

No início deste mês, ao se ver em uma grave crise financeira, o empresário José Carlos Ferreira Lucas, 43 anos, adotou uma estratégia desesperada. Dono do São Lucas, na 509 Sul, na avenida W3, ele fixou duas faixas nas entradas do estabelecimento pedindo socorro. “Precisamos de clientes urgente para manter nosso restaurante aberto”, escreveu.

Das 250 refeições que vendia diariamente, José Carlos conta que hoje estão saindo somente 80 pratos. Com medo de ter que fechar as portas, decidiu fazer o apelo. “Não é marketing. Não estou fazendo nada para me promover. Em dois anos e meio que assumi o endereço, tenho sofrido bastante com a crise na região”, destacou.

“Tenho oito funcionários que precisam do meu negócio para a sobrevivência de suas famílias. Se eu fechasse, como iria pagá-los? Quero continuar e, por isso, já panfletei e agora coloquei as faixas. Peço a ajuda da população”, acrescentou.

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O desabafo de José Carlos deu resultado. Desde 12 de agosto, quando estendeu as faixas, o número de clientes começou a aumentar. “A ideia é essa. Que possamos continuar aqui. É desesperador você investir todas as suas economias no negócio e não ter retorno. As pessoas estão me estimulando a ficar. Com fé em Deus, as coisas vão melhorar.”

Cardápio

Segundo o comerciante, o número médio de refeições vendidas melhorou. “Nós servimos três tipos de arroz, dois de feijão, batata frita, farofa, salada e verduras. A variedade é grande e o nosso foco são os trabalhadores e moradores da região. O preço é justo”, disse José.

Às segundas e quintas, por exemplo, os frequentadores podem escolher entre carne de panela com mandioca e churrasco. Às sextas, o restaurante serve feijoada e, aos sábados, estrogonofe. Nos outros dias, o cardápio varia com coxa e sobrecoxa no molho e fígado acebolado.

As pessoas podem se servir uma vez, com direito a três pedaços de carne, pelo valor único de R$ 12; ou R$ 31, o quilo.

Revitalização

As obras de revitalização de duas quadras da W3 Sul completaram quatro meses na última semana. As intervenções agradam a comunidade, mas comerciantes e moradores pedem que as melhorias alcancem os 12 km da avenida. Segundo a Secretaria de Infraestrutura do Distrito Federal, 90% dos serviços estão concluídos, mas as benfeitorias só serão finalizadas em setembro, com dois meses de atraso do cronograma inicial.

De acordo com informações da pasta, as chuvas que se estenderam até o fim de maio retardaram o calendário. Com o início da estiagem, o ritmo foi retomado e novo prazo, estabelecido.

Demanda antiga da população, a recuperação das quadras de uma das mais tradicionais vias da capital do país é considerada um projeto-piloto a ser replicado em toda a extensão das w3 Sul e Norte. O custo da obra é de R$ 1,78 milhão. A empresa vencedora da concorrência pública foi a Vital Engenharia, que apresentou proposta mais econômica.

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