DF: fiscais fecham mais de 2 mil comércios que “furaram” decreto

Além de interdição e multa, a partir deste domingo (22/03), os que desobedecerem decreto serão levados à delegacia

Mirelle Pinheiro
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Fiscais do DF Legal fecharam, nesse sábado (21/03), 1.286 comércios que desobedeceram o decreto do Governo do Distrito Federal e abriram as portas. A maior parte das autuações ocorreu durante a noite. As distribuidoras de bebidas foram as que mais descumpriram a proibição. A partir deste domingo (22/03), os comerciantes que ignorarem a ordem também serão levados à delegacia.

O decreto do GDF proíbe o funcionamento de diversos setores com objetivo de combater a propagação do  coronavírus. A operação segue até 5 de abril ou enquanto a restrição estiver vigente.

Na última sexta-feira (20/03), mais de mil estabelecimentos também foram fechados. A região do Paranoá registrou o maior número de flagrantes de irregularidades. Na cidade, foram cerca de 450 comércios lacrados.

Ficam excluídos da suspensão: clínicas médicas, laboratórios, farmácias, supermercados, lojas de materiais de construção e produtos para casa, atacadistas e varejistas, minimercados, mercearias e afins, padarias, açougues, peixarias, postos de combustíveis, e operações de delivery.

Neste primeiro momento, o DF Legal irá interditar os comércios que estiverem funcionando. Se houver insistência, será aplicada multa entre R$ 3,5 mil e R$ 12 mil, dependendo do tamanho da empresa. O valor dobra, diariamente, em caso de reincidência.

Os ambulantes que insistirem nas vendas serão autuados e terão as mercadorias apreendidas. Feiras livres não são permitidas, e os comerciantes cadastrados não devem migrar para o comércio informal, sob pena de multa, apreensão e prática de crime.

“Pedimos que o comerciante entenda a emergência. Os que insistirem vão sofrer ações por parte do DF Legal. A fiscalização será feita de maneira ininterrupta, enquanto vigorar o decreto. Ainda com relação aos ambulantes, a tolerância é zero”, disse ao Metrópoles, na sexta, Gutemberg Tosatte Gomes, secretário do DF Legal.

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Loja fechada na Asa Sul
Lojas de materiais para construção podem funcionar normalmente
Loja de tecidos na W3 Sul abriu na sexta

 

Além de funcionar irregularmente, alguns estabelecimentos foram flagrados vendendo produtos de combate ao coronavírus sem procedência e também por preços abusivos. Operação da Polícia Civil, Procon e Vigilância Sanitária fechou uma farmácia em Sobradinho na sexta. Uma mulher foi presa no Gama por fabricar irregularmente álcool em gel nesse sábado. 

O produto era comprado a R$ 2 pela distribuidora, que vendia por R$ 6 e chegava às farmácias a R$ 49,90. O mesmo preço era cobrado em uma drogaria da Asa Norte, conforme denunciou a coluna Grande Angular. A suspeita foi autuada em flagrante por crime contra a saúde pública, cuja pena é de 10 a 15 anos de reclusão.

Onde denunciar

Denúncias de comércios abertos podem ser feitas nos números 162, opção 2, ou 190 ou ainda 3961-5125/5126

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