Destrava DF: governo quer acelerar liberação de alvarás e licenças

Executivo local lançará nesta sexta-feira (15/2) pacote de medidas para estimular área de construção civil no Distrito Federal

Isadora Teixeira
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O Governo do Distrito Federal (GDF) quer dar mais agilidade à liberação de alvarás de construção e de licenças de funcionamento. O objetivo é desburocratizar e simplificar a análise dos pedidos que chegam à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh). Para tanto, o Executivo se prepara para anunciar nesta sexta-feira (15/2) uma série de medidas no programa SOS Destrava DF.

O principal ponto do novo plano, ao qual o Metrópoles teve acesso, é a promessa de liberação em até sete dias de alvarás de construção para projetos de habitação unifamiliar de até 1.000 metros quadrados. Para conseguir cumprir a meta, entre outras medidas, o GDF quer dispensar a fase de habilitação prevista no Código de Obras e Edificações e permitir o Termo de Responsabilidade e Cumprimento de Normas (TRCN) com assinatura de responsável técnico e proprietário. As alterações farão parte de projeto de lei a ser encaminhado à Câmara Legislativa (CLDF).

Uma iniciativa polêmica prevista no Destrava DF é a mudança do tipo de uso dos lotes do Setor de Indústrias Gráficas (SIG) para permitir empresas de prestação de serviços e comércio em geral. Na região, atualmente são autorizados apenas serviços financeiros e gráficas. Essa mudança também só poderá ser aplicada após aprovação de um projeto de lei complementar na CLDF.

O pacote do GDF para área de construção civil prevê a reestruturação da Seduh. Serão criados a Subsecretaria de Parcelamentos e Regularização Fundiária e postos avançados da Central de Aprovação de Projetos (CAP) nas administrações regionais, divididos em 10 macrorregiões. Cada unidade será instalada em uma cidade (veja abaixo, em negrito) e atenderá as mais próximas, com a contratação de 20 servidores para fazer o atendimento. São elas:

  • Gama e Santa Maria;
  • Samambaia, Recanto das Emas e Riacho Fundo II;
  • Taguatinga e Vicente Pires;
  • Ceilândia, Sol Nascente e Brazlândia;
  • Águas Claras, Arniqueira e Areal;
  • Sobradinho I e II, Planaltina, Arapoanga e Fercal;
  • Lago Norte, Varjão, Paranoá e Itapoã;
  • Cruzeiro, Sudoeste SIA e SCIA;
  • Lago Sul, Jardim Botânico e São Sebastião;
  • Park Way, Núcleo Bandeirante, Guará, Riacho Fundo I e Candangolândia.

 

Além disso, serão contratados 20 arquitetos para analisar os processos de empreendimentos de grande porte, habitação unifamiliar e projetos de regularização de edificações nas áreas em processo de regularização fundiária.

O programa ainda estipula a criação de forças-tarefas para aprovação de novos projetos de arquitetura de grande porte e reaprovação de empreendimentos em fase de Carta de Habite-se e pedido de compensação urbanística. Também prevê a realização de “mutirão da licença de funcionamento”, em fins de semana, com atendimento, esclarecimento de dúvidas e emissão imediata de licenças de funcionamento.

Atividades econômicas
A emissão de licenças de funcionamento de atividades econômicas também será facilitada por meio de força-tarefa entre Seduh, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Secretaria-Adjunta das Cidades.

A Portaria nº 1, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal desta quinta-feira (14/2), estabelece o trabalho conjunto das pastas no prazo inicial de 30 dias. O documento foi assinado durante o seminário Políticas Públicas e Desenvolvimento do DF, na sede do Simplifica PJ, em Taguatinga.

Uma das etapas fundamentais para concessão da Licença de Funcionamento de Atividades Econômicas é a avaliação de viabilidade de localização. É o que estabelece a Lei nº 5.5447, de 6 de outubro de 2015.

O processo
Nessa fase, o empreendedor indica onde pretende instalar a empresa e submete a proposta ao poder público. A autorização ou o indeferimento do pedido depende dos usos permitidos para o lote, conforme a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos). Antes da publicação dessa legislação, a emissão era dificultada em razão da quantidade de normas de gabaritos e planos diretores locais vigentes no território.

A força-tarefa firmada nesta quinta (14) estabelece que a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação vai prestar apoio aos demais órgãos para interpretar as normas urbanísticas e atualizar o banco de dados da Luos junto ao Simplifica PJ. “Com isso, deixamos de ser uma trava para nos tornarmos destrava ao desenvolvimento econômico do DF”, resumiu o titular da pasta, Mateus Oliveira.

O apoio ao empreendedor é fundamental à geração de emprego e renda, como destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ruy Coutinho. “Nossa missão é agilizar o desenvolvimento econômico do DF”, afirmou.

O atendimento às demandas da comunidade é compromisso do Executivo local, de acordo com o secretário-adjunto das Cidades, Gustavo Aires. Ele defende que o governo deve atuar como “facilitador das atividades econômicas”. (Com informações da Agência Brasília)

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