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Crea-DF: obra onde cratera se abriu é “totalmente regularizada”

Entidade diz que não há elementos para afirmar que houve imperícia profissional, Defesa Civil, contudo, acredita que projeto teve falha

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Andre Borges/Esp. Metrópoles
cratera 709/909 sul asa sul
1 de 1 cratera 709/909 sul asa sul - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (Crea-DF), a engenheira Fátima Có afirmou, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (11/12/2019), que não houve irresponsabilidade profissional na obra em que uma cratera se abriu na altura da 709/909 Sul. O incidente ocorreu na tarde desta terça-feira (10/12/2019). “É uma obra totalmente regularizada perante o Crea-DF”, disse.

De acordo com a Defesa Civil, contudo, houve falha na execução do projeto de engenharia na obra, onde um deslizamento de terra arrastou quatro carros que estavam estacionados no local. O empreendimento fica em frente à Cultura Inglesa e próximo ao Centro de Ensino Fundamental Caseb.

Segundo a representante do conselho, a obra foi registrada no Crea-DF em agosto de 2018 e é de responsabilidade da Embre Engenharia e da D&B Engenharia. “As empresas são confiáveis. Não temos nada para dizer que houve imperícia profissional”, declarou.

A explicação inicial dos bombeiros é de que houve a ruptura de uma tubulação de água pluvial. Com isso, o solo atrás do muro de arrimo ficou extremamente encharcado e a estrutura cedeu. Para a presidente do Crea-DF, porém, o ocorrido foi uma fatalidade. “Seria irresponsabilidade nossa dar qualquer posição de quem é o culpado antes de uma finalização da perícia”.

Ainda segundo Fátima Có, é necessária perícia para saber se o motivo foi mesmo o rompimento dessa tubulação. Só a partir daí será possível aferir as responsabilidades e a quem caberá arcar com o prejuízo. “Se esse foi o motivo, o restante das paredes não corre risco, porque essa situação da tubulação não se repete nas demais”, completou.

“Quando a obra foi iniciada, tinha interferência da rede da Caesb e de águas pluviais [da Novacap], que foram desviadas para haver aquela escavação e colocadas atrás da contenção. Mas fomos informados que, devido à chuva, houve um vazamento que encharcou aquela parede de contenção, que cedeu”, explicou a presidente do Crea-DF.

Sobre os demais edifícios localizados próximo à área do desabamento, Fátima destacou que “não há razão para apavoramento”. Os prédios, porém, não passaram por vistoria do Crea-DF após o fato. “Existiu um incidente e vemos que vizinhos ali estão preocupados, mas todas as providências já foram tomadas”, ressaltou.

Ainda de acordo com ela, após o resultado da perícia, caso seja comprovado que houve uma ação incorreta das empresas que conduzem a construção, elas serão responsabilizadas. “Se for caracterizado que houve ação ética incorreta, de maneira que houve uma negligência, isso será analisado aqui e os profissionais serão penalizados”, finalizou.

Retirada de carros

Nesta quarta (11/12/2019), uma escavadeira preparou o caminho para a retirada dos quatro veículos engolidos pela cratera. O maquinário pesado chegou no fim da manhã. À tarde, a operação começou. Às 16h30, um HB20X já havia sido retirado.

Em operação rápida, operários retiraram os tapumes que cercam o local para a entrada da escavadeira. Logo em seguida, a contenção provisória voltou para evitar a passagem de pessoas.

Veja o vídeo com o início de trabalho da escavadeira:

Confira fotos dos trabalhos no local:

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Segundo o capitão Souza Mendes, oficial de informação pública do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), o acesso aos edifícios vizinhos foi liberado. “Os dois prédios com clínicas médicas também estão funcionando normalmente. As pessoas podem vir trabalhar e fazer as consultas tranquilamente”, afirmou Mendes.

De acordo com a Defesa Civil, houve falha na execução do projeto de engenharia na obra. “Algum erro ocorreu entre o que foi planejado e o que foi executado. Quando você executa um projeto, todas as variáveis precisam ser consideradas”, aponta o coronel Sérgio Bezerra, subsecretário do órgão.

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