Covid-19: média móvel de mortes no DF dobra em duas semanas

O indicador avançou 101,7% na comparação com a média móvel de 14 dias atrás, chegando à marca de 34,3

Lucas Marchesini
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A média móvel de mortes por Covid-19 no Distrito Federal subiu para 34,3 nesta sexta-feira (19/3) e permaneceu no maior número desde 6 de setembro do ano passado, quando o indicador estava em 34,4. Na ocasião, porém, ele estava em queda, ao contrário do momento atual.

Na comparação com o apurado há 14 dias, houve crescimento de 101,7%, o que confirma a tendência de alta na quantidade de mortes.

Devido ao tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação dos especialistas no sentido de comparar a média móvel do dia com a de duas semanas antes. As oscilações no número de mortes ou de casos de até 15% para mais ou para menos caracterizam invariabilidade.

Desde o início da pandemia de coronavírus, o DF já notificou 326.083 contaminações e 5.321 óbitos em decorrência da doença. Nas últimas 24 horas, foram 47 mortes e 1.507 novas infecções.

Taxa de ocupação nas UTIs

Segundo dados da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) atualizados às 16h10 desta sexta, 496 dos 529 leitos operacionais de UTI, Ucin e UCI destinados a pacientes da Covid-19 estão ocupados, o que equivale a 93,8% da capacidade da rede pública. O número inclui todos os leitos que não estão bloqueados.

Na rede privada, 386 dos 392 leitos para adultos disponíveis estão ocupados – taxa de 98,5%. Acompanhar a taxa de ocupação dos leitos é uma das formas de medir a evolução da transmissão da doença.

Média móvel

Acompanhar o avanço da pandemia de Covid-19 com base em dados absolutos de mortes ou casos está longe do ideal. Isso porque eles podem ter variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos fins de semana, por exemplo, é comum perceber redução significativa dos números.

Para diminuir esse efeito e produzir uma visão mais fiel, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa representa a soma dos óbitos divulgados em uma semana dividida por sete. O nome “móvel” é porque varia conforme o total de falecimentos dos sete dias anteriores.

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