Controladoria confirma perda de cargo de policial que roubava celular
Márcio Gonçalves carregava pistola funcional, distintivo e colete da instituição quando acabou preso na companhia de dois comparsas, em 2017
atualizado
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A Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF) declarou perda de cargo público ao agente da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Márcio Gonçalves Dias, com 22 anos de serviço, acusado de pertencer a uma organização criminosa especializada em roubos de aparelhos celulares, que atuava na capital do país.
Márcio acabou preso em dezembro de 2017 sob suspeita de praticar roubos à mão armada. Ele portava pistola funcional, distintivo e colete da corporação, quando acabou detido com outros dois homens. Em maio deste ano, o policial foi condenado a 13 anos, nove meses e 10 dias de prisão em regime fechado, além de 40 dias-multa e a perda do cargo de agente especial.
A portaria da CGDF está publicada no Diário Oficil do DF (DODF), desta sexta-feira (30/9).
Veja a íntegra:
De acordo com a investigação conduzida por promotores do Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) e pela Corregedoria-Geral da corporação, o servidor e seus comparsas, sempre a bordo de um veículo preto, trafegavam por vias públicas de diferentes regiões administrativas ostentando armas de foto, camisetas e distintivos da PCDF.
Eles simulavam uma abordagem policial e, na revista, tomavam os aparelhos das vítimas. Os policiais diziam para as pessoas abordadas que, se quisessem recuperar os celulares, deveriam se dirigir à delegacia com a nota fiscal do produto. No entanto, quando comunicavam o fato na unidade policial, percebiam que haviam sido enganadas.
O trio já respondia por outros dois roubos cometidos no Recanto das Emas, também mediante simulação de abordagem policial e subtração de celulares de pedestres.
Ao todo, foram comprovados ao menos 10 roubos praticados em 2017 nas cidades de Taguatinga, Ceilândia, Recanto das Emas, Samambaia, Estrutural e Santa Maria.