Contra o coronavírus, DF desembolsa R$ 40 milhões em UTIs e luvas

Secretaria alugou 29 leitos por 12 meses e ampliou estoque dos equipamentos de proteção na campanha contra à Covid-19

Francisco Dutra
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No combate ao novo coronavírus, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal investiu R$ 40.337.263,87. O dinheiro foi injetado com dispensa de licitação para criação de 29 leitos em unidades de terapia intensiva (UTIs) e também ampliação do estoque de luvas.

O investimento foi detalhado em edição extra do Diário Oficial do DF (DODF) de sexta-feira (27/03). O Governo do Distrito Federal (GDF) decretou estado de emergência devido à pandemia da Covid-19. Por isso, pode fazer compras sem licitação.

Para ampliar o número de leitos de UTI, a pasta fechou contrato de R$ 22.320.000 com o Hospital Santa Marta. O centro clínico particular vai disponibilizar 19 leitos pelo prazo de 12 meses a partir da assinatura.

A pasta detalhou ainda a quantidade de UTIs disponibilizadas no contrato com a Hospitalar Yuge S/A, divulgado em 24 de março de 2020. O GDF investe R$ 11 milhões para alugar 10 leitos, também por 12 meses.

O GDF aplicou R$ 6.154.763,87 na compra de luvas não estéreis da empresa Methabio Farmacêutica do Brasil. A quantidade não foi detalhada na publicação.

Até sexta-feira (27/03), o DF registrou 1 morte e 242 casos confirmados de Covid-19.

Morte

A primeira vítima de coronavírus do Distrito Federal é Israel Tiago Martins, 40 anos. Descendente de indígenas, o paciente morreu nessa sexta-feira (27/03), logo após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho.

A informação foi confirmada ao Metrópoles por uma liderança indígena. Martins morava em um assentamento Rota do Cavalo e procurou a unidade de saúde depois de sentir desconforto respiratório e febre.

Já internado, o quadro evoluiu para síndrome respiratória grave. O paciente apresentava histórico de hipertensão e diabetes.

Em entrevista coletiva virtual realizada na sexta-feira (27/03), o secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, comparou o combate ao novo coronavírus a um cenário de conflito bélico. “Estamos vivendo uma guerra, essa pandemia é uma verdadeira guerra”, disse.

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