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DF chega a 100 dias sem chuva. Estiagem deve se estender até outubro

De acordo com Inmet, nesta quarta-feira (11/09/2019), a temperatura mais alta deve ser de 33ºC e a umidade pode cair a 15%

atualizado

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JP Rodrigues/Metrópoles
Seca no DF
1 de 1 Seca no DF - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

O Distrito Federal atinge nesta quarta-feira (11/09/2019) a marca de 100 dias sem chuva. A última precipitação registrada na capital ocorreu no dia 4 de junho, quando foram registrados 6,9 milímetros (mm). De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão para hoje é de sol e temperatura na casa dos 33ºC. A mínima da umidade relativa do ar deve variar entre 15% e 20%.

De acordo com o meteorologista Manoel Rangel, o período chuvoso no DF, neste ano, só começa a partir da segunda quinzena do mês de outubro. Antes disso, não é improvável que pancadas de chuva possam ser registradas na capital do país.

“Mas não será nada relevante. Chuva com potencial somente em outubro mesmo. Esse não é um fenômeno raro. É normal para essa época do ano, em que não há formações de nuvens. Sem nuvem, não chove”, explicou Rangel.

Segundo o especialista, uma massa de ar seco impede a formação de nebulosidade e, consequentemente, de chuvas – fenômeno comum do mês de setembro.

Depois de sofrer com o calor de 34,2º C e a umidade de 8% na semana passada, quando a capital enfrentou o dia mais quente e seco do ano, o brasiliense teve uma pequena trégua no último fim de semana, quando as temperaturas ficaram mais amenas.

Veja imagens da estiagem no DF:

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Em 2018, o período sem chuva foi menor. Na ocasião, os brasilienses enfrentaram 82 dias de seca. A estiagem mais longa do DF durou 164 dias, em 1963. A média é de 100 a 120 dias. Em 2017, essa marca foi de 127 dias.

Cuidados

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade relativa do ar ideal é acima dos 60%. Com percentuais mais baixos, a população deve se hidratar bastante para amenizar os efeitos da estiagem.

Outro problema é o ambiental: nesta época do ano, aumenta a ocorrência de incêndios. “Está tudo muito seco: solo, vegetação… Qualquer faísca ou bituca de cigarro é muito perigosa. Para quem mora em chácaras, a gente alerta para não atear fogo na mata, porque as chamas podem se alastrar”, destacou a meteorologista.

Recomendações

As principais recomendações da Defesa Civil para este período são evitar a prática de atividades ao ar livre no período das 10h às 17h, aumentar a ingestão de líquidos, não tomar banhos prolongados com água quente e muito sabonete, descartar o uso excessivo de ar-condicionado e usar protetor solar. Crianças e idosos precisam de atenção especial, pois são os mais afetados.


Fique atento!

Entre 21% e 30% (estado de atenção)

  • Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h;
  • Umidificar o ambiente por meio de vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água;
  • Consumir água à vontade.

Entre 12% e 20% (estado de alerta)

  • Observar as recomendações do estado de atenção;
  • Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 17h;
  • Evitar aglomerações em ambientes fechados;
  • Usar soro fisiológico nos olhos e nas narinas.

Abaixo de 12% (estado de emergência)

  • Observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta;
  • Interromper qualquer atividade ao ar livre entre 10h e 16h, como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência, etc;
  • Durante as tardes, manter os ambientes internos úmidos, principalmente quartos de crianças, hospitais, etc.

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