metropoles.com

CLDF aprova “reeleição tampão” de diretores de escolas públicas

Mandato será de dois anos e servirá para governo e professores discutirem mudanças na gestão democrática até 2021

atualizado

Compartilhar notícia

Andre Borges/Metrópoles
centro-de-ensino-fundamental
1 de 1 centro-de-ensino-fundamental - Foto: Andre Borges/Metrópoles

O plenário da Câmara Legislativa aprovou, nesta terça-feira (24/09/2019), em dois turnos, o Projeto de Lei nº 657/2019. A proposta do governo é que as atuais direções já reeleitas possam, exclusivamente neste ano, disputar um terceiro mandato de dois anos nas escolas públicas. O projeto foi acordado entre o Poder Executivo e o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), que estudarão em conjunto mudanças na lei da gestão democrática, até 2021.

Atualmente, o mandato para diretor é de três anos, com gratificação mensal de R$ 1.500 em média. Segundo a justificativa do projeto, boa parte dos colégios ficariam sem diretores caso a lei não fosse modificada. Na avaliação dos distritais, a redução do mandato para dois anos vai permitir que o governo trabalhe melhor algumas alterações nas regras da gestão democrática sem prejudicar as eleições do mês que vem.

A proposta inicial do governo era estender o mandato das atuais direções por um ano. Durante esse tempo, seria enviado um projeto para mudar as atuais regras. Os deputados e o Sindicato dos Professores foram contrários à extensão e entraram em acordo com o Executivo. Assim, aprovaram a medida.

Outras votações

A Casa aprovou, também em segundo turno, outros projetos de deputados distritais. Entre eles o que extingue benefícios às empresas que comprarem produtos ilícitos, de autoria de Claudio Abrantes (PDT). Outro que passou foi o que obriga os cursos de informática, cibercafés e LAN Houses a disponibilizarem ao menos uma máquina reservada para pessoas com deficiência.

Apenas um projeto foi aprovado em primeiro turno. De autoria da deputada distrital Jaqueline Silva (PTB), a proposta 85/2019 cria políticas de prevenção ao uso de drogas ilícitas em universidades públicas e privadas. A proposta teve apenas um voto contrário, do parlamentar Reginaldo Veras (PDT).

“Sacerdócio”

“Eu estive nas 47 escolas de Sobradinho e, em 60% delas, os professores não têm interesse em se candidatar. Tanto por conta das condições dadas a eles quanto pelo valor da gratificação. Para ser diretor tem que ser um herói, pois é um sacerdócio”, defendeu João Cardoso.

Erramos

Na reportagem publicada originalmente na terça-feira (24/09/2019), o texto informava que o projeto aprovado previa reeleições ilimitadas para diretores. A informação foi passada pelo deputado distrital João Cardoso (Avante), autor de um projeto de mesmo cunho apensado à proposta do Poder Executivo. De acordo com a assessoria dele, a mudança foi acordada instantes antes da votação da matéria dentro da Casa. Assim, o texto final previa apenas essa reeleição. 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?