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CLDF aprova nomeação de Gilberto Occhi para a direção do Iges-DF

Próximo diretor sinaliza intenção de acabar com cartão corporativo, manter servidores e reestruturar o instituto responsável pelas UPAs

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Gilberto Occhi
1 de 1 Gilberto Occhi - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ex-ministro da Saúde e ex-presidente da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), Gilberto Occhi, será o novo diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF).

A Câmara Legislativa (CLDF) aprovou a nomeação de Occhi nesta quarta-feira (10/3). O nome do gestor foi ratificado com 15 votos favoráveis e 2 contrários.

Em 1º de março, ele passou por sabatina na Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Casa. Na oportunidade, Occhi assumiu compromissos, incluindo o fim do cartão corporativo do instituto, alvo de diversas denúncias de irregularidades.

Esforço para manter servidores

O futuro presidente do Iges também mostrou preocupação com o processo de devolução de servidores à Secretaria de Saúde. O ex-ministro sinalizou a intenção de manter os profissionais de saúde, ou a maior parte deles.

Para manter os servidores, Occhi defende a divisão das despesas salariais entre o Iges e a Secretaria de Saúde. Caso as transferências sejam inevitáveis, a proposta é seguir em frente com um processo lento e gradual.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) defende que o planejamento do retorno à Secretaria de Saúde de servidores atualmente lotados no Iges seja ordenado e sem prejuízo à população.

O futuro presidente planeja reestruturar o instituto, gerando uma economia de pelo menos R$ 18 milhões por mês, e reforçar o quadro da Controladoria Interna do Iges.

Após a aprovação em plenário, a indicação segue para as mãos do governador Ibaneis Rocha (MDB). O nomeação depende apenas da caneta do chefe do Executivo local.

O Iges-DF é alvo de investigações sobre supostas irregularidades e ainda enfrenta um rombo nas contas. Tramita na CLDF, inclusive, um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o instituto.

Preocupação com falta de comando

O deputado distrital Leandro Grass (Rede) não votou a favor da nomeação. Para o parlamentar, a CLDF deveria colocar em marcha a CPI e o Iges fechar as portas. Fábio Felix (PSol) também votou contra.

Os parlamentares mostraram preocupação com o fato de os últimos presidentes do instituto não terem prosperado no cargo. E todos tiveram desfechos de gestão marcados por polêmicas.

Jorge Vianna (Podemos) também tem ressalvas sobre o modelo do Iges. Mas segundo o distrital, neste momento da pandemia do novo coronavírus, o instituto precisa de uma direção.

Arlete Sampaio (PT) compartilhou da avaliação de Vianna, especialmente no contexto da luta contra a Covid-19. “Acho prejudicial neste momento essas unidades estarem sem comando”, pontuou.

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