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Cibersegurança também em nome do paciente, dizem empresários

Encontro, promovido pelo Metrópoles e pela Época, teve como tema: “Cibersegurança: usuários, corporações e nações sob ataque”

atualizado

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André Borges/Especial para o Metrópoles
Evento-Cibersegurança-16
1 de 1 Evento-Cibersegurança-16 - Foto: André Borges/Especial para o Metrópoles

O sétimo painel do tech talk “Cibersegurança: usuários, corporações e nações sob ataque”, evento promovido nesta segunda-feira (23/09/2019) pelo Metrópoles e pela revista Época, fala sobre saúde, Lei Geral de Proteção de Dados e cibersegurança. Lídia Abdalla, CEO do Grupo Sabin; e Rogerio Boros, diretor de governo federal e saúde da Microsoft, integram o debate. O evento reúne os maiores especialistas e autoridades do país para debater questões sob três diferentes prismas: internautas, empresas e governos. Para acompanhar a iniciativa, basta entrar no YouTube ou no Facebook do Metrópoles.

A discussão começou em cima da Lei Geral da Proteção de Dados (LGPD). No caso do setor da saúde, a medida tem o objetivo principal de cuidar das informações dos pacientes. Segundo Lídia Abdalla, a LGPD é um assunto extremamente relevante. “A regulação traz proteção para o paciente”, pontuou. A regra, além de pedir a autorização do paciente para o uso de seus dados pessoais, também impõe qualidade na coleta das informações. 

A segurança é outro fator. A penalidade sobre as empresa, caso haja vazamentos, é alta. De acordo com Rogerio Boros, o ponto crucial é a multa 2% do faturamento, limitados a R$ 50 milhões. Hoje, 28% dos ataques cibernéticos são no setor de saúde. Marcelo Ferraz garante que o Sistema Brasileiro de Farmácias vem investindo pesado na segurança dos dados do paciente. Boros diz que a própria Microsoft já pensou em trazer a complience para seus produtos, com foco na LGPD.

Dados sensíveis

Segundo Abdalla, os dados de saúde são altamente sensíveis. E citou o exemplo do Sabin, no qual a cibersegurança é uma realidade há muito tempo. A empresa nascida em Brasília já tem sucursais em diversos pontos do Brasil. Por isso, montou uma estrutura de segurança até em consideração a leis anteriores. “É fundamental que as empresas treinem, capacitem e conscientizem os colaboradores”, explica .Para proteção dos dados, Abdalla conta que a empresa conta com rastreabilidade de todo o processo a partir da coleta. “A gente tem a rastreabilidade até do IP da máquina que leu o resultado do exame”, diz.

“Nosso pilar é o processo de gestão de pessoas”, disse a CEO do Grupo Sabin. Segundo a empresária, o foco é o cuidado na seleção dos colaboradores. A empresa fez 166 auditorias em 2018, nas 50 cidades onde está presente, de acordo com Abdalla. E também montou um grupo para a implantação da LGPD. “Estão sendo criados checklists dos serviços”, garante. Para ela, a lei poderá ajudar a barrar casos de corrupção, como o das próteses no DF.

Criptografia

Rogerio Boros afirmou que, a partir do ano que vem, em função da LGPD, a Microsoft se preocupou em criptografar as informações durante o tráfego. “Só acessa quem tiver a chave”, assegura o diretor. Segundo ele, vazamentos na área de saúde poderão gerar penalidade mais pesadas do que vazamentos no setor financeiro.

Marcelo Ferraz, por sua vez, afirma que surgiram 248 novos CNPJs desenvolvendo prontuários eletrônicos para o atendimento do paciente. “É um mercado em expansão”, aponta o CEO da Sibrafar. Entretanto, as empresas precisam de parceiros que façam auditorias de serviços e produtos.

Para Boros e Lídia, a Lei Geral da Proteção de Dados também permite a distribuição de informações anônimas para ajudar no avanço científico. Apesar disso, é sempre preciso atenção. “A lei não impede a má-fé”, profere a CEO do Sabin. Nesse sentido, Boros acrescentou que as empresas devem continuar investindo em segurança.

Temas

Assuntos como dados pessoais roubados, computadores de empresas invadidos, governos sob vigilância e privacidade em xeque colocam a segurança digital como fonte de discussão constante. Por isso, a importância do encontro realizado no auditório da BioTic, no Parque Tecnológico de Brasília. No total, oito painéis discutiram diferentes tópicos sobre o tema. A abertura foi feita pelo presidente do Biotic, Gustavo Dias Henrique; e pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).

O presidente da Biotic S/A, Gustavo Dias Henrique, destaca a importância de eventos como esse. “A digitalização da economia brasileira traz enormes benefícios para governos, empresas e indivíduos, na medida em que encurta caminhos, conecta pessoas e gera inteligência através de uma enorme quantidade de dados. É justamente a abundância desses dados que gera também os grandes riscos que temos que combater. O desenvolvimento da cibersegurança, nesse sentido, é um campo de enorme oportunidade para novas tecnologias e novos profissionais. É esse o debate que queremos promover durante o evento promovido pela Biotic S/A, site Metrópoles e revista Época”.

Jefferson Santos/Unplash

Especialistas como o diretor da PSafe Emilio Simoni; o CEO da Apura, Sandro Süffert; e o diretor de engenharia de sistemas da Fortinet, Alexandre Bonatti, estiveram entre os convidados. O jornalista especializado em vida digital Pedro Doria realizou um keynote sobre as principais questões relacionadas à privacidade no ambiente digital e os perigos de invasões em dispositivos como celulares. O apresentador Rafael Cortez conduziu o painel “Profissão: hacker” e conversará com dois ex-piratas da web que atualmente trabalham como consultores de segurança para empresas.

Confira como foi a programação

9h – Abertura

9h30 – 5G, IoT e as vulnerabilidades hiperconectadas
Emilio Simoni, diretor do Dfndr Lab – PSafe
João Gondim, professor de Ciências da Computação da Universidade de Brasília

10h30 – Ciberataque S/A: As empresas na berlinda
Ulisses Penteado, CTO da BluePex
Bruno Prado, CEO da UPX e VP da ABSec

11h30 – Privacidade, um luxo na vida digital
Keynote com Pedro Doria, jornalista especializado em tecnologia

14h – Profissão: hacker
O apresentador Rafael Cortez (ex-CQC) entrevista João Brasio e Wanderley Abreu, dois ex-piratas da internet que hoje atuam como consultores de segurança

15h – Blockchain como aliado das empresas
Thiago Padovan, co-fundador da Blockchain Academy
Alexandre Bonatti, diretor de engenharia de sistemas da Fortinet

16h – Panorama da segurança cibernética
Coronel André Luís Terra e o subtenente Alexandre Santos

17h – Saúde, LGPD e cibersegurança
Lídia Abdalla, CEO do Grupo Sabin
Rogerio Boros, diretor de Governo Federal e Saúde da Microsoft

18h – Ciberespionagem: uma ameaça real às nações
Sandro Süffert, CEO da Apura, presidente ABSec e membro da HTCia
Rodrigo Carvalho, perito de crimes cibernéticos da Polícia Federal

O evento é realizado pelo BioTIC e oferecido pelo Banco de Brasília e Sabin Medicina Diagnóstica.

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