Chuvas intensas seguem no Distrito Federal; alívio só na quinta-feira

Segundo o Inmet, todas as áreas do DF receberam volumes consideráveis de água, mas o Sol poderá dar um alívio à população na quinta (13/1)

Francisco Dutra
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Em apenas 10 dias, choveu todo o volume esperado para janeiro em uma das regiões do Distrito Federal. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão para o mês é de 209,4 milímetros de chuva. Em Brazlândia, até a noite de segunda-feira (10/1), caíram 217mm.

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Em 10 dias, chuvas em Brazlândia superaram o volume previsto para janeiro
As chuvas devem seguir até abril, segundo o Inmet
Chuvas despertam cuidados no combate à dengue, mas também recarregam os reservatórios de água do DF
Desde outubro de 2021, o DF vive dias chuvosos

As chuvas também foram expressivas nos demais territórios de medição do DF. Na área central de Brasília, choveu 49% do esperado. Na região de Águas Emendadas, em Planaltina, caiu 45% do aguardado para o mês. No Gama, foram registrados 65% do previsto. O Paranoá recebeu, nesses 10 dias, 26% do volume calculado para janeiro.

De acordo com o meteorologista Olívio Bahia, desde outubro de 2021, o DF tem vivido um período de chuvas intensas. Em dezembro do ano passado, as precipitações superaram o volume previsto em todas as regiões da capital. O período chuvoso poderá se prolongar até abril.

As chuvas constantes causam diferentes impactos na rotina do brasiliense. O solo umedecido pelas águas dificulta o uso das máquinas dos produtores rurais. O cuidado com a dengue deve ser redobrado. Há muita água parada propiciando a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A precipitação, porém, recarrega os reservatórios de água do DF.

O Sol poderá dar um alívio nesta semana. A partir de quinta-feira (13/1), o volume de chuvas deve diminuir. Por isso, o fim de semana poderá ter momentos ensolarados para o brasiliense aproveitar o tempo livre em parques ou com exercícios ao ar livre.

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu três alertas vermelhos de perigo ou grande perigo envolvendo chuvas intensas ou calor extremo em alguns estados do país
Para Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Tocantins, o alerta é de fortes chuvas, com possibilidade de tempestade e risco de alagamento e deslizamentos de encostas em cidades com áreas de risco
Na Região Sul do país, o problema será o calor extremo. Nesse caso, o alerta de perigo do Inmet é para temperaturas acima da média normal
A mistura de fenômenos climáticos no território brasileiro ocorre devido a influências sobre a Zona de Convergência do Atlântico (ZCAS), que é um corredor de umidade que se estende por algumas regiões do Norte, Sudeste e Nordeste
O fenômeno é característico do verão e causa frentes frias provenientes da Bolívia. Quando intensificado pelo La Niña, a massa de ar frio se une à umidade quente e gera aumento dos temporais
Enquanto isso, o La Niña resfria as águas do oceano Pacífico, o que provoca chuvas fortes e abundantes, além de aumento do fluxo dos rios e inundações no Norte e no Nordeste. Em contrapartida, o Sul é afetado pela seca
A conflagração climática já provocou tragédias pelo país nas primeiras semanas de 2022. As regiões de Minas Gerais e da Bahia foram fortemente afetadas pelas tempestades
No estado mineiro, 3.409 pessoas estão desabrigadas e 13.734 ficaram desalojadas devido às chuvas, ao risco de barragens transbordarem e por causa de deslizamentos de terra. Além disso, 10 pessoas morreram após deslizamento de parte de um cânion, em Capitólio. Ao todo, 19 óbitos foram registrados até dia 11 de janeiro por causa das chuvas
Na Bahia, as enchentes desabrigaram 26.534, desalojaram 61.551, deixaram ao menos 26 mortos e 520 feridos. Cerca de 164 municípios estão em situação de emergência

 

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