Caesb estima que o DF tem 38 mil ligações clandestinas de água

Para combater as irregularidades, a empresa fez uma operação nesta sexta-feira (30/9) no condomínio Mestre D'Armas, em Planaltina, e garante que vai ampliar a fiscalização em outros locais para evitar o agravamento da crise hídrica nas cidades

Márcia Delgado
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A pior crise hídrica registrada nos últimos 30 anos do Distrito Federal pode ser agravada pelas ligações clandestinas de água, os chamados “gatos”. De acordo com a Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb), são cerca de 38 mil ligações não autorizadas em todo o DF, de onde são desviados 680 mil m3 de água por mês, causando um prejuízo mensal de R$ 2,7 milhões à empresa.

Nesta sexta-feira (30/9), a Caesb fez uma operação de retirada de ligações clandestinas no Condomínio Mestre D’Armas II, em Planaltina, uma das regiões mais atingidas pela falta d’água. O local é irregular e abriga cerca de 400 famílias.

Para coibir as ligações clandestinas e diminuir o percentual de perdas, a Caesb garante que vai ampliar a fiscalização em outros locais, com a participação de mais 10 profissionais, que vão atuar de forma proativa. Além disso, a empresa anunciou que vai implementar um sistema de controle para identificar onde ocorrem vazamentos ou ligações clandestinas. A maior parte das ligações clandestinas estão em áreas de ocupações irregulares.

Segundo o diretor Financeiro e Comercial da Caesb, Marcelo Teixeira, o desvio de água agrava a escassez hídrica.

Quem furta água não está preocupado com a seca ou com o desperdício, pois ele não paga pelo uso da água. Além disso, o consumo não autorizado afeta o dimensionamento da quantidade de água necessária para abastecer uma região, afeta as projeções e os investimentos, e atrasa as obras

Marcelo Teixeira, diretor Financeiro e Comercial da Caesb

 

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