Assustados, servidores evacuam prédio alugado pelo Ministério da Saúde
A pasta confirmou que a Defesa Civil do Distrito Federal já foi informada sobre o incidente. Edifício fica na 701 Norte
atualizado
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Servidores do Ministério da Saúde e da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) evacuaram o prédio ocupado pela pasta na 701 Norte, nesta segunda-feira (22/10), por causa de um desnível no piso do quinto andar. A rachadura ocorreu perto do acesso ao elevador. Houve isolamento do local.
Os funcionários ficaram assustados e desceram as escadas correndo com medo de acontecer um desabamento. Servidores relataram ao Metrópoles terem ouvido um estrondo. Logo após, viram as cerâmicas que cobrem o piso trincarem. Os trabalhadores desceram as escadas correndo.
A pasta confirmou o incidente e a Defesa Civil do Distrito Federal foi acionada. De acordo com o ministério, não há risco de desabamento e tudo ocorreu por causa de uma junta de dilatação.
A Defesa Civil confirmou que o procedimento de evacuação do prédio foi correto e que o “estrondo” escutado pelos funcionários foi provocado por um deslocamento do piso. De acordo com a coronel do órgão, Solange Ribeiro, a “ruptura pode ter sido causada por uma colocação errada do piso e com a diferença de temperatura dos últimos dias provocou a rachadura”.
A coronel assegura, no entanto, que a ruptura “em nada compromete a estrutura”. “Não há qualquer problema estrutural. A empresa já foi notificada mas, a princípio, está tudo regulamentado. Os engenheiros já estão aqui cuidando de tudo”, esclareceu. Por volta das 14h, os funcionários foram liberados pela Defesa Civil para retornarem ao prédio.
Procurada, a construtora Paulo Octavio, proprietária do prédio, disse que apenas a Defesa Civil se manifestaria.
Polêmica
O prédio PO 700 foi alvo de polêmica no ano passado. Isso porque servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) protestaram contra a mudança de sede do órgão. Os funcionários deixariam o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) para ocupar o prédio na 701 Norte, propriedade da construtora Paulo Octavio.
O contrato de aluguel foi firmado via chamamento público, ao custo de R$ 31,2 milhões anuais. Os servidores alegaram que não houve transparência na decisão e denunciaram direcionamento do contrato.
Um dos argumentos utilizados para pedir o veto à mudança foi que a Anvisa não é um órgão subordinado ao Ministério da Saúde, mas sim vinculado. Por esse motivo, eles questionaram a decisão. Depois do protesto, o local, que totaliza uma área de 17,7 mil metros quadrados, passou a abrigar a Funasa, órgão público ligado ao ministério e que já conta com sede própria, no Setor de Autarquias Sul.
Segundo a pasta, a medida teve o objetivo de facilitar o trabalho entre a Funasa, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), órgãos que já estavam instalados no PO 700 e que dialogavam com a fundação. O MS afirmou, à época, que a mudança reduziria custos em deslocamento e manutenção predial.