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Após perder família em tragédia no Gama, Elton consegue emprego

Em outubro, o jovem perdeu esposa, filho e cunhada, atropelados por adolescente com sinais de embriaguez. Agora, começa a reconstruir a vida

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Felipe Menezes/Metrópoles
Elton Henrique, marido de Rute Ester
1 de 1 Elton Henrique, marido de Rute Ester - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

O trabalho enobrece o homem, diz o ditado popular. No caso do vigilante Elton Henrique da Silva Freire, 23 anos, estar empregado é uma forma de renascer após a tragédia que lhe tirou esposa, filho e cunhada há pouco mais de dois meses, em 27 de agosto, na cidade do Gama.

Elton perdeu a esposa, Rute Ester Carvalho, 22, o filho Eriko, 6 meses, e a cunhada Gabriela Carvalho, 19, em atropelamento causado por um menor de idade na Quadra 24 do Gama Oeste. À época, ele estava desempregado e precisava de forças seguir a vida. Uma das razões era se recompor e cuidar do outro filho, Edriel, de 2 anos.

Apoiado por amigos e parentes nesse período, o jovem deu mais um passo importante na reabilitação em outubro. Após fazer um curso de vigilante, conseguiu emprego como agente de portaria no Shopping DF Plaza, em Águas Claras. Desde então, tem se dedicado ao serviço das 19h às 7h, há um mês.

Estou aqui de pé e vou continuar vivendo. O que tinha em mente, meus planos, não vão acontecer mais, então preciso traçar meu novo caminho. Quero abraçar tudo até onde puder

Elton Henrique da Silva Freire, vigilante

O jovem conta que tem passado mais tempo com os amigos e a família. Circular pela cidade é a forma de tentar esquecer o acidente trágico. Desde aquele domingo que mudou a vida dele, Elton conseguiu uma nova casa, onde irá morar com a tia Eliane Henrique Freire e Edriel. “Nunca estive tão próximo dele. É dali que tiro forças para seguir, quando ele me abraça, me beija e me chama. Fiquei desestruturado e minha criança tem sido minha salvação”, conta.

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A perda dos entes, irreparável para os familiares, custou R$ 9,5 mil, entre velório e enterro. Desse valor, os parentes do adolescente responsável pelo desastre colaboraram com R$ 2 mil – segundo Elton, menos do que a promessa inicial.

Os gastos com a funerária e o cemitério foram pagos por advogados da subseção do Gama e de Santa Maria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que se solidarizaram com o caso e doaram mais de R$ 5 mil. Com a ajuda de amigos e outros parentes, Elton conseguiu pagar a fatura.

Processo
O menor autor do ato infracional permanece na Unidade de Internação Provisória de São Sebastião (UIPSS). Em 1º de setembro, ele compareceu à audiência de apresentação, onde narrou os fatos do dia do acidente. Em 14 de setembro, esteve em uma segunda audiência, a de continuação.

O adolescente já tinha passagem pela polícia. Dois meses anes do atropelamento, ele cumpriu medida no Juizado da Infância por roubo. A família do menor não foi localizada para comentar o assunto.

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