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Após 9 meses da morte da filha, pais conseguem enterrá-la como queriam

Esmagada dentro da própria casa por um carro desgovernado, a pequena Gheanny foi exumada e ganhou um jazigo nesta segunda-feira (16/7)

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
pais de Gheanny dos Santos – rafaela felicciano metrópoles
1 de 1 pais de Gheanny dos Santos – rafaela felicciano metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Nove meses após ser esmagada quando um carro invadiu a casa em que morava, Gheanny Karolyne Sousa dos Santos, 3 anos, foi sepultada da forma como a família gostaria, nesta segunda-feira (16/7). A menina, vítima de um veículo desgovernado no Itapoã, acabou enterrada à época no procedimento social – a contragosto dos parentes. Nesta manhã, depois de exumada, a pequena ganhou um jazigo no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul.

“Estou aliviado por fazer uma despedida digna da minha filha. Agora, ela vai poder descansar em paz”, disse o pai de Gheanny, Ildebrando Pereira dos Santos, 50.

A angústia da família teve início em outubro do ano passado. Hegon Henrique Brito Xavier, 24, matou Gheanny após invadir a residência da criança com um automóvel por meio da parede da sala, que faz divisa com uma das ruas da Quadra 318. A garota ficou prensada entre o sofá e o veículo e morreu na hora. Os pais tiveram ferimentos leves.

De acordo com parentes de Gheanny, houve um desencontro de informações e a menina acabou tendo um enterro social. A modalidade gratuita atende famílias de baixa renda, com covas divididas. Nesses casos, após cinco anos, os corpos são exumados e os restos mortais transferidos para um ossário.

Desde então, os pais da garotinha lutam por um enterro tradicional, o que ocorreu nesta segunda-feira, após auxílio da Defensoria Pública do DF e da Unidade de Assuntos Funerários da Secretaria de Justiça. Os órgãos arcaram com os custos do cemitério e uma funerária doou uma urna para o novo sepultamento. Os restos mortais de Gheanny foram transferidos do setor destinado à gratuidade do Campo da Esperança para a área-parque.

Relembre o caso:

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Em depoimento a agentes da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), unidade responsável pelo caso, Hegon Xavier afirmou ter confundido o freio com o acelerador ao fazer uma curva. “Errei o pedal”, declarou o condutor.

O motorista aguarda em liberdade o andamento do caso na Justiça. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ofereceu denúncia contra Hegon Xavier. O juiz do Tribunal do Júri do Paranoá  ainda não se pronunciou sobre o processo.

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