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Adolescente espancado em festa no DF segue desorientado e com hemorragia

Vítima teria sido agredida na entrada de uma festa privada, no último domingo (7/8), e segue com perda de memória recente

atualizado

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Reprodução/Material cedido ao Metrópoles
Boca aberta ensanguentada
1 de 1 Boca aberta ensanguentada - Foto: Reprodução/Material cedido ao Metrópoles

O adolescente de 17 anos espancado, no último domingo (7/8), em uma festa privada no Lago Sul, segue desorientado e com perda de memória recente após as agressões. O Metrópoles apurou que o menino, cuja identidade será preservada, foi agredido por Pedro Henrique Dolabella de Carvalho, 20 anos. A ocorrência foi registrada na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que investiga o caso.

De acordo com uma familiar, que pediu para não ser identificada, o garoto se assusta toda vez que vê sangue. “Era uma festa com nome na lista na porta. Já era tarde e ninguém estava entrando mais. O agressor iniciou uma discussão com a brigadista, o adolescente foi chamado na porta e falou que ninguém entraria mais; e aparentemente transtornado, o agressor, sem avisar, bateu nele”, explica. A vítima teria sido nocauteada e ficou no chão desacordada. Em seguida, o acusado teria fugido.

O menino foi socorrido e levado ao hospital, onde informaram que ele estava com hemorragia cerebral, diz a irmã da vítima. “Está em observação em casa agora, pois a indicação médica é observar para ver se a hemorragia subaracnoídea vai conseguir ser absorvida pelo corpo”, afirma. Segundo a familiar, o agressor é conhecido na região pelo comportamento violento e pratica artes marciais.

O outro lado

O Metrópoles procurou Pedro Henrique Dolabella de Carvalho, 20 anos, pelo WhatsApp e por telefonemas. Após a reportagem ter sido publicada, Pedro se pronunciou e confirmou ter dado um soco contra o rapaz. Ele relata que estava na porta da festa negociando valores do ingresso quando brincou com um grupo de amigos e alguns presentes . “Se não fosse o segurança, eu invadia”, conta.

Em seguida, afirma que o adolescente ─ já presente durante as negociações ─ se dirigiu a um dos colegas de Pedro e o ameaçou. “Se você não tirar ele daqui, vou enfiar a porrada nele”, teria dito o garoto antes de empurrar levemente o agressor no peito. “No que ele tocou em mim, eu dei um soco e ele caiu e fui embora da festa imediatamente. Realmente foi só um soco, não um espancamento”, conta.

Após a divulgação do caso, Pedro afirma ter recebido, de diversos grupos de WhatsApp, dados sensíveis de si mesmo e de membros da família, como CPFs, endereços, fotos e números de telefones pessoais. A divulgação dessas informações pode se caracterizar como prática ilegal.

Em entrevista concedida ao Metrópoles em abril deste ano, o perito em crimes cibernéticos Wanderson Castilho afirma que a divulgação desse tipo de informação é uma prática ilegal, se os dados não forem públicos. “São acessos a informações sigilosas que foram vazadas na internet. Essa disponibilização sem critério caracteriza-se como invasão de dados pessoais, que podem ser usados para crimes”, explica.

O que diz a Lei 

Publicada em 2018, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) passou a vigorar, parcialmente, em setembro de 2020, e as sanções administrativas somente em agosto de 2021 — período no qual se esperava que as empresas se adaptassem à legislação.

O principal objetivo é a proteção dos direitos fundamentais de liberdade e privacidade, e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. Outrossim, a criação de um cenário de segurança jurídica, visando a promover a proteção aos dados pessoais de todo cidadão que esteja no Brasil, de acordo com os parâmetros internacionais existentes.

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