PCDF identifica mãe de técnica de enfermagem após 32 anos de mistério
Técnica de enfermagem passou por “adoção à brasileira” ao nascer. Polícia Civil do DF identificou mãe biológica dela graças a exames de DNA
atualizado
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Após mais de três décadas de mistério, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) identificou a mãe biológica da técnica de enfermagem Jéssica de Almeida Queiroz Daniel, 32 anos, moradora do Gama.
O caso, revelado pela coluna Na Mira, do Metrópoles, é investigado pela 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro) como possível adoção à brasileira – quando uma criança é entregue diretamente a outra família sem os necessários trâmites legais.
A técnica de enfermagem descobriu a adoção quando tinha 15 anos. Enquanto trabalhava no bar da família adotiva, no Gama, um cliente questionou se ela sabia quem eram os próprios pais biológicos.
A partir desse questionamento, ela passou a pressionar a família para obter informações sobre as origens. Depois, descobriu que, ainda recém-nascida, foi entregue por uma mulher à mãe afetiva, dentro de um apartamento na Asa Sul.
Um processo sobre o caso tramita na 1ª Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal e, na noite dessa segunda-feira (3/2), exames de DNA efetuados pela equipe do Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) da PCDF apresentaram o laudo sobre a maternidade da profissional da saúde.
“A 3ª DP seguiu todos os caminhos apontados pela Jéssica. Identificamos as mães afetiva e biológica, que fizeram exames de DNA no Departamento de Polícia Técnica da PCDF, mas não encerramos as investigações, pois a técnica de enfermagem tem dois irmãos que, provavelmente, foram adotados da mesma forma”, ressaltou o delegado-chefe da unidade policial, Victor Dan.
A investigação da PCDF, agora, busca entender as circunstâncias nas quais ocorreram a doação não apenas da técnica de enfermagem, como também de outras duas crianças.
Colaborou Carlos Carone