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Acusado de matar DJ a tiros no Conic é condenado a 22 anos de prisão

Yago foi assassinado após defender a amiga Marcela Martinelli Brandão, que tinha sido agredida pelo apenado

atualizado

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RICARDO BOTELHO/ESPECIAL PARA O METRÓPOLES
Julgamento
1 de 1 Julgamento - Foto: RICARDO BOTELHO/ESPECIAL PARA O METRÓPOLES

O Tribunal do Júri de Brasília condenou, nesta terça-feira (6/11), por homicídio triplamente qualificado, o estudante Lucas Albo de Oliveira a 22 anos de prisão. Ele foi acusado de matar o DJ Yago Linhares Sik, 23, no Conic, no último dia 2 de julho.

Yago foi morto após defender a amiga Marcela Martinelli Brandão, que tinha sido agredida pelo ex-namorado na mesma noite. Três dias depois, Lucas Albo foi preso e confessou o crime.

Lucas já tinha condenação prévia por porte de arma. Durante o julgamento, ele admitiu ter ameaçado a namorada e a vítima. Foi a primeira vez que o acusado se pronunciou. Para o assistente de acusação Rodrigo Vicente, está claro que o crime foi motivado por ciúmes.

O promotor de Justiça Marcelo Oliveira defendeu que fossem atribuídos a Lucas outros delitos, como porte ilegal de arma de fogo, lesão corporal e ameaça. Caso seja condenado, ele poderá cumprir mais de 30 anos de prisão.

Vídeo
Lucas efetuou mais de um disparo contra Yago, conforme ele mesmo admitiu. O juiz chegou a
mostrar o vídeo do momento do crime, durante o julgamento. “Eu não queria matá-lo, só queria que ele passasse pela mesma humilhação que eu passei”, defendeu-se.

Os amigos de Yago afirmam que a vítima era pacífica e não tinha intenção de brigar naquela noite. Foi descrito como um jovem tranquilo e amoroso. “Em pouco tempo, ele conquistou muitas amizades”, disse Eva Rodrigues, que estava presente na noite trágica.

Arquivo pessoal

Sofrimento
Um mês após a morte do DJ Yago Linhares Sik, a mãe do jovem usou as redes sociais para fazer um desabafo. Cesarina Linhares se manifestou em uma reflexão sobre a dor de perder um filho: “O luto dói psicologicamente, fisicamente e espiritualmente. Eu me sinto vazia e solitária em todos esses aspectos”, escreveu.

No texto, a mulher fala sobre a dificuldade em aceitar a morte do jovem: “No dia em que você nos deixou… As pessoas iam saindo lentamente, em silêncio, enquanto eu me deixava ficar, esperando que em uma reviravolta louca você se levantasse dizendo que era uma brincadeira de mau gosto. Sim, é absurdo, mas aprendi que no luto o absurdo é o comum de quem ama. Depois que todos se foram, ela veio com o silêncio e o frio: a dor pungente”.

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