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Pets também têm rotina afetada pela pandemia e cuidados gerais precisam ser redobrados

Os animais de estimação estão menos ativos do que o habitual, predispondo-se ao aumento de peso e a doenças secundárias.

atualizado

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A pandemia do novo Coronavírus afetou intensamente a vida de inúmeras famílias e consequentemente dos pets que, segundo a veterinária Adriana Leão de Carvalho Lima Gondim, precisaram se adaptar à nova realidade, gerando inúmeras mudanças na rotina dos animais. “Com o isolamento social e as atividades ao ar livre restritas, os animais de estimação estão menos ativos do que o habitual, predispondo-se ao aumento de peso e a doenças secundárias a esta condição, tais como hipertensão, diabetes, doenças articulares, entre outras”.

Para evitar que isso ocorra, a profissional ressalta a importância de o tutor estar sempre atento à quantidade e a qualidade do alimento oferecido. “A falta de recreação e passeios externos influencia também no comportamento dos animais, causando alterações no sono, agitação e até quadros de ansiedade e stress. É importante que o tutor incentive a prática de atividades físicas mesmo dentro de casa, procurando interagir mais e estimulando brincadeiras”.

Segundo o site de pesquisas da Euromonitor International, o Brasil já ocupa a posição de segundo maior mercado de produtos pet, com 6,4% de participação global, pela primeira vez acima do Reino Unido (6,1%), perdendo apenas para os Estados Unidos, que têm 50% do mercado. Já um levantamento do Instituto Pet Brasil aponta que passam de 132 milhões de pets no Brasil, com um gasto médio mensal variando de R$ 17,38 a R$ 425,24, com expectativa de faturamento para o setor em 2020 de R$ 40 bilhões. Adriana enfatiza que o consumo de serviços relacionados com a saúde animal deve seguir o de produtos pet, sendo de extrema importância manter o acompanhamento veterinário dos animais durante a pandemia, pois mesmo com isolamento social eles continuam precisando realizar exames laboratoriais periódicos para avaliar o estado geral de saúde e detectar precocemente doenças. “As vacinas devem ser mantidas atualizadas e a rotina de higiene deve permanecer o mais próximo possível da que estava acostumado”.

A veterinária pontua também que para os animais que passeiam, deve-se evitar o uso de produtos químicos na limpeza das patas quando do retorno ao lar. “O mais indicado é lavar com água e sabonete líquido infantil ou aqueles de uso próprio para estes bichinhos, enxaguar bem e em seguida secar com toalha limpa, evitando o secador”. Ainda sobre a questão de produtos químicos, a profissional avisa que os animais domésticos podem sofrer também exposição exagerada a produtos utilizados para limpeza do ambiente. “Muitos têm a pele sensível ou são alérgicos, podendo vir a apresentar vermelhidão, falhas na pelagem, prurido intenso e lesões na pele, além de irritação nos olhos, intoxicações e até mesmo sintomas respiratórios”. Existem no mercado desinfetantes seguros para esses casos, devendo-se evitar o uso de produtos corrosivos, com cheiro forte ou que tenham na composição ácidos em geral, hipoclorito de sódio, cloro e amônia. Lembrando que o álcool 70% ou álcool em gel podem ser irritantes para a pele dos cães e gatos”.

Com o retorno dos tutores à rotina de trabalho, após o isolamento causado pela pandemia, Adriana faz um último alerta: sobre os cuidados com a saúde mental dos animais. “Os pets podem desenvolver quadros de ansiedade de separação, principalmente em filhotes e naqueles que são mais resistentes a mudanças de rotina ou muito ligados aos tutores”. Para minimizar os efeitos dessa mudança, a veterinária afirma que o tutor pode tomar algumas medidas, como tratar naturalmente o momento em que vai precisar se ausentar e, quando possível, retomar aos poucos a rotina fora de casa para que seja menos traumático para o pet. Para finalizar, a dica de Adriana é deixar com o animal alguma peça de roupa do tutor ou algum brinquedo com o cheiro do dono, o que costuma fazer com que o animal sinta-se mais tranquilo.

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