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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) divulgada no último mês de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou o menor nível de ocupação desde o início do levantamento, em 2012. Este levantamento mostra que 50,5% das pessoas com idade de trabalhar se encontravam desocupadas no trimestre encerrado em maio.
Segundo Adriana Beringuy, analista da pesquisa, “Isso significa que menos da metade da população em idade de trabalhar está trabalhando. Isso nunca havia ocorrido na PNAD Contínua”. Ou seja: mais da metade da população com idade para trabalhar está desocupada.
Diante deste cenário, encontrar uma nova oportunidade profissional está cada vez mais difícil, o que tem levado algumas pessoas a buscarem os serviços de empresas de recolocação.
Como o próprio nome já diz, a consultoria de recolocação profissional visa ajudar o trabalhador a enfrentar a difícil fase de desligamento de um emprego.
Outplacement e Replacement
Embora relacionados, os termos têm significados diferentes. No outplacement, a organização contrata os serviços de uma empresa especializada para apoiar o colaborador que será demitido. O processo auxilia este funcionário a ter uma visão organizada do mercado de trabalho, sendo uma forma de ajuda-lo a minimizar os impactos em sua vida e de seus familiares.
Poucas são as companhias que, na atual conjuntura econômica e necessidade de redução de custos, conseguem proporcionar esse benefício aos seus colaboradores. Normalmente tal benefício é oferecido somente aos altos executivos.
Já o replacement é um serviço voltado para pessoas que estão sem emprego. O objetivo é inseri-las de volta ao mercado de trabalho. O patrocinador, neste caso, costuma ser a própria pessoa, que busca se diferenciar em um mercado competitivo e com poucas oportunidades disponíveis.
Dentre os serviços oferecidos pelas consultorias de replacement estão a estruturação do currículo do profissional, adequação do perfil em redes sociais, treinamento para entrevistas, mapeamento do perfil profissional, compartilhamento de curriculo com headhunters e apresentação de ferramentas de busca de vagas.
Segundo Roberta Wo, associada do Projeto Recolocação, os profissionais que participam de um programa de apoio à transição de carreira costumam encontram um novo trabalho na metade do tempo médio de procura do mercado, o que ameniza os impactos emocionais e financeiros decorrentes desse período.
“Estamos vivendo uma época muito complicada. Quanto mais informações e preparação o profissional tiver, melhor. É como uma maratona. Precisa de dedicação, estudo e treino. São poucos os candidatos realmente competitivos.”
A assessoria proporciona ainda uma verdadeira reflexão sobre a carreira e os rumos que o profissional deve tomar. No entanto, quem pretende contratar o serviço precisa tomar alguns cuidados e levar certas questões em consideração, como promessas de entrevistas ou a própria recolocação.
Website: http://www.projetorecolocacao.com.br
