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Com Selic em alta em 2022, consórcio é opção de investimento

Previsão de alta vai de 11,75% para 12,75% em poucos dias; empresário explica qual a relação da alta dos juros com a busca por consórcios e seu impacto para esse nicho

atualizado

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A Selic vem em uma crescente: a previsão era que a taxa fosse subir 12,25% até o final de 2022, conforme pesquisa divulgada pelo BC (Banco Central) em 14 de fevereiro, contra a tarifa prevista na semana anterior, de 11,75%. Recentemente, o Citi projetou que o índice deve chegar a 12,75% ao fim do ciclo de aperto monetário em curso pelo BC, com a expectativa de que a autarquia será alvo de pressão por uma inflação superior ao limite proposto no acumulado deste ano.

Segundo relatório divulgado pelo Citi na terça-feira (22) e divulgado pela CNN Brasil, a “‘persistência da inflação’ levou à expectativa de maior agressividade por parte do BC como maneira de levar a inflação de volta à meta em 2023 com credibilidade”.

Para Rafael Marutaka, CEO do Grupo Lamadre, a alta de juros (Selic) pode indicar um cenário positivo para o mercado de consórcios, o que inclui imóveis, automóveis, serviços, cirurgias plásticas e energia solar, entre outros.

“O setor de consórcios é inversamente proporcional ao de financiamentos. Ou seja, ao passo em que a taxa de juros sobe, cada vez mais, tende a se reduzir o volume de contratações de financiamento”, afirma. “Ao mesmo tempo”, continua, “o consórcio não sofre interferência da Selic, pois é cobrada apenas uma taxa de administração, com um custo muito inferior ao financiamento”.

Em 2021, o número de consorciados ativos ultrapassou 8 milhões pela primeira vez no país. Conforme dados da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), foi registrado um crescimento de 6,9% em relação ao ano anterior. A Abac também mostra que o mercado apresentou uma alta no volume de vendas: foram negociadas 3,46 milhões de novas cotas entre os meses de janeiro e novembro de 2021, um acréscimo de 14,4%.

Consórcio é opção de investimento imune a aumento da Selic

Marutaka explica que hoje, em um financiamento imobiliário, o custo comparado a um consórcio chega a ser o dobro, já que este valoriza aqueles que possuem planejamento financeiro e se programam para efetuar a aquisição de um bem.

A respeito do negócio de comércio de consórcios contemplados, o empresário afirma que este também tem relação direta com a alta de juros.

“O mercado de consórcios contemplados ganhou muita força, pois, quanto maior a taxa de juros, mais atraente a compra de um consórcio”, conta. “E, no caso do consórcio contemplado, é obtida a garantia de se utilizar o valor do consórcio sem a necessidade de aguardar a contemplação. Em troca, é pago um prêmio ao dono do consórcio, o que gera um grande número de investidores de cartas contempladas”.

Ao mesmo tempo em que o segmento se revela uma boa alternativa de investimento, prossegue Marutaka, torna-se importante verificar o histórico da empresa, bem como exigir um bom contrato de intermediação destes consórcios, para que não haja problemas.

O CEO do Grupo Lamadre realça que o consórcio tem diversas finalidades: planejamento financeiro, poupança  programada, construção de patrimônio e compra de bens e serviços com baixo custo comparado ao financiamento,, configurando-se também como uma possível opção investimento de baixo risco.

“Todavia, para investir no setor de forma assertiva, o acompanhamento de um especialista pode ser um fator determinante para o sucesso”, conclui.

Para mais informações, basta acessar: https://www.grupolamadre.com/

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