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Casos de contaminação por hepatite A aumentam no verão

Doença é causada pela água e alimentos contaminados

atualizado

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O início do ano é um dos momentos mais propícios para aproveitar o verão. E mesmo que as medidas de prevenção para conter o avanço da COVID-19 ainda estejam em vigor, ainda é possível se divertir, com segurança, nos dias quentes. Porém, essa época também é marcada pela maior incidência da hepatite A, já que o vírus se prolifera em água contaminada.

Segundo o Dr. Rodrigo Luz, hepatologista e coordenador do Centro Hepatobiliar do CHN, essa doença é transmitida através do contato com água, bebida ou alimento – principalmente verduras, frutas e vegetais crus e frutos do mar mal lavados – com a presença do vírus ou através do contato com uma pessoa infectada. Isso exige um cuidado maior na hora de escolher o alimento que será consumido, tanto em casa quanto em restaurantes.

“É necessário higienizar os alimentos com muito cuidado para diminuir ao máximo as chances de contágio pelo vírus da hepatite A. Isso vale para a água que for consumida, ela deve ser filtrada e própria para o consumo. Outra forma de prevenir a doença é evitando praias, lagoas e cachoeiras com indícios de poluição.”, afirma Rodrigo.

O médico explica que os principais sintomas da hepatite A são: dor no corpo, desânimo, mal-estar, urina escurecida, olhos e pele amarelada (icterícia). “Como os sintomas iniciais da doença são muito semelhantes aos de outros quadros comuns, é mais difícil realizar o diagnóstico na fase inicial. Porém, a boa notícia é que a grande maioria dos casos de hepatite A não evolui para um estágio perigoso e basta ficar em repouso e beber bastante água para recuperar-se por completo.”, complementa o hepatologista.
Caso os sinais persistam, é indicado que o paciente busque orientação médica – já que, nos casos mais graves, pode haver a hepatite fulminante, em que a função hepática fica seriamente comprometida. Além de ter atenção redobrada com a água e os alimentos consumidos, a vacina contra a hepatite A é a principal forma de prevenir a doença. Ela deve ser tomada em duas doses, com intervalo de seis meses.

Além da hepatite A, Rodrigo Luz alerta para um outro perigo iminente que vem preocupando os cariocas: a contaminação da água pela geosmina. A substância orgânica produzida por algas, deixa a água turva e com gosto de barro, tornando-a imprópria para o consumo. De acordo com o médico, beber a água com geosmina pode provocar diarreia, gastroenterite e vômitos, confundindo os sintomas de hepatite A.

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