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Bolsa chega perto dos 110 mil pontos e trader diz: “melhor hora para investir”

Rafael Ferri contou ainda quais setores de empresas da bolsa está mais otimista

atualizado

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Retomada econômica truncada, incertezas rondando o ajuste fiscal e o alastramento veloz das infecções por coronavírus deixa muitos investidores temerosos de se posicionar no mercado com o Ibovespa perto dos 105 mil pontos. Não é o caso de Rafael Ferri, o trader que dobrou seu capital no meio da crise do coronavírus e que acredita que um rali duradouro na bolsa brasileira está apenas começando.

A eclosão da pandemia do coronavírus fez a bolsa brasileira ter o ano mais volátil do século em 2020: da mínima registrada no ápice da crise, em março, e a máxima registrada no ano, há uma diferença de quase 54 mil pontos.

Mesmo com a volatilidade à flor da pele e prestes a continuar em alta nos próximos meses, Ferri faz questão de afirmar em suas redes sociais que a bolsa ainda tem potencial para continuar sua escalada mesmo já tendo superado a marca dos 100 mil pontos.

“É, com toda a certeza, um dos melhores momentos para investir no mercado financeiro. Para quem quer começar, então, melhor ainda. Tem muito papel com enorme desconto e com potencial de crescimento”, disse o trader, um dos contribuidores e sócios do TC, o inovador app de investimentos para pessoas físicas.

A fala do gaúcho acontece agora que a indústria de investimentos dá início às suas campanhas de Black Friday, com milhões de investidores pessoa física procurando como aumentar ou proteger seu capital do ambiente agreste e na esteira dos juros mais baixos na história do país.

O TC, por exemplo, iniciou sua promoção na última segunda-feira, dia 16, com condições especiais não só para novos usuários, como também para os clientes atuais da plataforma. Os benefícios durarão até 27 de novembro e os que mais se destacam são corretagem zero e viagem para Las Vegas na companhia dos sócios da plataforma.

Ferri se diz otimista com o cenário, mas pede cautela. Parte do motivo pelo qual ele vê a bolsa como um investimento interessante para o final do ano reflete a maior probabilidade de descoberta de uma vacina ou tratamento contra o coronavírus.

Com uma vacina, “as pessoas irão começar a sair de casa. E, quando as pessoas saem de casa, o consumo volta com tudo e, consequentemente, a economia aquece”, disse. Sem falar, ele aponta, que muitas incertezas que assombravam o mercado, como as eleições americanas deste mês, estão se dissipando.

“Então, se eu tivesse uma grana e quisesse começar na bolsa eu diria que o momento não poderia ser melhor”, disse Ferri, que aponta para os setores de bancos, frigoríficos, varejo e educacional como os mais fortes para fecharmos um ano difícil.

Ferri não é analista de valores mobiliários, mas ele acha que a bolsa tem gás para chegar perto dos 120 mil pontos no final do ano – o que configuraria uma máxima histórica. “Só não cravo porque o mercado financeiro é imprevisível”, ele brinca.

De qualquer forma, ele disse, o mercado é imprevisível e um investidor novato precisa estar ciente dos riscos. “Amanhã aparece um novo vírus ou um pacote de estímulos não é aprovado e, daí já viu, né, vira tudo”, disse. Para gestores e analistas, o desempenho das ações até final do ano pode refletir o movimento de rotação de carteiras, pelo qual o investidor sai de alguns papéis para se posicionar em outros com melhores perspectivas, e não tanto ao desempenho operacional ou financeiro dos negócios.

Junto com esse fator estratégico, Ferri acha que há mais um fator que pode ajudar a bolsa: as pessoas têm o hábito de se planejar para gastar mais conforme vai chegando perto da Black Friday e do Natal. Mesmo em um ano onde o Brasil, e o mundo em geral, ainda tenta se recuperar da crise, as pessoas estão desesperadas para voltar a consumir.

“Não sei se é porque acham que a vida se tornou mais frágil, mas acredito que quem apenas planejava comprar uma TV, agora vai comprar mais três coisas”, disse.

Com duas décadas anos de experiência em investimentos, Ferri começou sua carreira profissional nos bancos ABN Amro e Itaú. Lá se tornou diretor de Private Banker no Sul do país. Em 2006 montou um escritório de investimentos e, em 2017, foi um dos fundadores do TC, uma comunidade de investidores cuja missão é democratizar a educação financeira e o mercado de ações por todo o Brasil.

Website: https://tc.com.br/

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