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A ligação do PL com o “QG do golpe”

Partido de Jair Bolsonaro não admite que banca casa no Lago Sul, mas paga funcionária que dá expediente no local

atualizado

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QG do golpe: casa que serviu de comitê de Jair Bolsonaro vira escritório para discutir estratégia contra eleições
1 de 1 QG do golpe: casa que serviu de comitê de Jair Bolsonaro vira escritório para discutir estratégia contra eleições - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

No último dia 18, a coluna mostrou que a casa no Lago Sul de Brasília que abrigou o comitê de campanha de Jair Bolsonaro não só continua movimentada como virou uma espécie de “QG do golpe”.

Após a desativação do comitê, o endereço – onde continuou despachando o general Walter Braga Netto, vice na chapa de Bolsonaro — passou a receber apoiadores do presidente que questionam o resultado das eleições e defendem abertamente uma que militares assumam o poder no país.

Na ocasião, o PL, partido de Bolsonaro, foi indagado se continuava custeando as atividades na casa, mas se negou a responder objetivamente, embora tenha dito que as atividades do comitê foram encerradas logo após o segundo turno.

A rotina da casa, acompanhada pela coluna, mostra, porém, que o partido comandado pelo ex-mensaleiro Valdemar Costa Neto segue umbilicalmente ligado às atividades desempenhadas na casa que virou uma espécie de QG do Golpe.

Funcionários pagos pela legenda têm dado expediente regular no local. É o caso de Adriana Mendes Fortes, que é paga pelo PL para assessorar Braga Netto.

À coluna, ela confirmou que frequentou a casa após o término do processo eleitoral, mas se negou a responder às perguntas sobre as atividades desenvolvidas no local.

Adriana Fortes é bem próxima de Braga Netto. Ela trabalhou no Ministério da Defesa quando o agora ex-candidato a vice-presidente foi ministro da pasta. Também o acompanhou quando ele passou a ter gabinete no Palácio do Planalto, como assessor especial de Jair Bolsonaro.

Fontes próximas ao general dizem, sob reserva, que o PL segue, sim, custeando o funcionamento da casa no Lago Sul.

A movimentação no QG

Conforme a coluna mostrou, na casa Braga Netto tem uma rotina intensa – e declaramente relacionada às estratégias destinadas a questionar o resultado das eleições.

Há duas semanas, ele recebeu por exemplo o ex-ministro e deputado federal pelo MDB Osmar Terra, conhecido propagador do discurso radical bolsonarista. Terra admitiu que foi tratar da auditoria contratada pelo PL para questionar as urnas eletrônicas.

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Também estiveram no endereço para se reunir com o general o deputado Marcel Van Hattem, do Partido Novo, e o senador Eduardo Girão, do Podemos, apoiadores de Bolsonaro e dois dos principais pontas de lança da ofensiva bolsonarista contra ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal.

O endereço também recebeu visitas de manifestantes bolsonaristas que estavam acampados em frente ao quartel do Exército, no Setor Militar Urbano de Brasília.

Procurado novamente para se manifestar sobre sua ligação com as atividades desempenhadas na casa, o PL silenciou.

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