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Sexo “meia-boca” tem solução? Saiba se vale a pena insistir

Especialistas apontam quais questões comportamentais podem deixar uma transa ruim e como driblá-las

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Worried man on edge of bed with impatient female partner
1 de 1 Worried man on edge of bed with impatient female partner - Foto: Foto: Getty Images

O que fazer quando expectativas são criadas e, chega na hora H, o sexo é ruim? A situação, mesmo que desanimadora, é muito recorrente. Não só em casos de uma noite só, mas também em relacionamentos longos – o que muitas vezes é, inclusive, motivo de divórcio.

De acordo com a terapeuta e sexóloga do Amê Espaço Lingerie, Amanda Nunes, relações sexuais são subjetivas e, para serem boas, envolvem uma série de fatores. “Envolve química, sinergia, conectividade, expectativa, estado emocional de ambas as partes e muito autoconhecimento. Não se resume a um ato físico”, diz.

Além da química, outras questões comportamentais podem interferir no resultado de uma transa. “Comportamentos vêm de determinadas crenças que a gente carrega no nosso histórico de vida. Variam desde o repertório de cada um, trazidos de ex relacionamentos, até as crenças religiosas, no que diz respeito ao que, moralmente, achamos que podemos fazer ou não”, aponta o também terapeuta e sexólogo André Almeida.

Comunicação importa

Para os casos citados acima, uma das principais soluções é a boa e velha conversa. “Comunicação é a base para transformar uma transa mais ou menos em algo incrível. Não se pode ter vergonha ou medo de dizer o que pensa, o que quer, e o que tem vontade de fazer”, explica Amanda.

Também é preciso ter cuidado para não ficar apenas no próprio prazer, já que o sexo é algo construído em conjunto e precisa de outra pessoa para acontecer. “Encontre o momento certo de falarem sobre esse assunto. As pessoas fazem sexo, mas muitas vezes não param para falar sobre ele. Empodere o seu parceiro para que ele também sinta-se à vontade para abrir o jogo com você. Tenho certeza que boas histórias e muitos orgasmos renderão disso”, garante.

A conversa é eficiente mesmo em casos de possíveis problemas sexuais. “Tendo diálogo, conversa e flexibilidade para mudanças e adaptações das duas partes, é possível ter um bom sexo. Inclusive quando se tem problemas sexuais, porque a pessoa vai estar aberta para procurar ajuda”, exemplifica André.

Autoconhecimento

Além da troca entre as partes, estar bem resolvido consigo mesmo e se conhecer é muito importante. “Às vezes jogamos toda a expectativa de orgasmo em cima do outro, como se o parceiro tivesse 100% da responsabilidade de lhe proporcionar as melhores sensações. Mas é preciso conhecer seu próprio corpo e fazer parte desse processo”, argumenta Amanda.

Como fazer isso? A terapeuta explica que o autoconhecimento é um processo, e tirar um momento para se conhecer e se sentir faz parte dele. “Isso pode ser feito sozinho ou com a ajuda de vibradores. O importante é aprender o que se gosta, assim fica mais fácil direcionar o outro”, indica.

Naturalidade

Muitas pessoas vão para a cama com tantas preocupações, tanto da vida de uma forma geral, quanto de padrões estéticos e de desempenho, que o sexo deixa de ser uma coisa espontânea. Com isso, as expectativas acabam não sendo alcançadas – tanto as próprias quanto as da outra pessoa.

Nunes explica que 80% do sexo acontece na cabeça, e que muita pressão pode fazer com que se esqueça do básico. “Tire os tabus da cabeça e conecte-se com o seu interior, deixe o corpo falar, sinta o parceiro. Vá fundo, aproveite cada segundo, mostre o caminho do que você quer, sinta o caminho do outro e se permita experimentar”, orienta a especialista.

Fuja de abusos

Há que se tomar cuidado com uma das situações que podem levar uma transa a ser ruim: o desrespeito. O diálogo pode ser efetivo, mas é preciso ter muita cautela. “Existem comportamentos que colocam as pessoas em risco e em situações abusivas. Nesses casos, não sei até que ponto é importante insistir”, alerta.

“Se aquele comportamento é desrespeitoso pra você é importante bater na tecla e falar que não foi legal, se se repetir, não vale a pena”, diz André.

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