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20 anos né pouca coisa não

Glaucio Binder, sócio/fundador da Binder Comunicação, faz uma retrospectiva da história da agência

atualizado

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20 anos né pouca coisa não
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Em 2001, nasceu a Binder. O que é difícil – até para contar – é a montanha russa que é empreender no Brasil, e conseguir chegar saudável aos 20 anos de atividade.

Mas valeu a pena. E não estou falando de grana, de crescimento, de valorização da marca, estas coisas normais de se falar nestas datas redondas quando a gente precisa aproveitar o momento para dar destaque à empresa. Estou falando de gente.

Quanta gente já passou por aqui?  Colaboradores, clientes, fornecedores. Certamente milhares. E, especialmente numa atividade de serviços, se relacionar com essa gente toda é a essência do negócio. E, na minha avaliação particular, a graça da história. Quando a gente conta um episódio qualquer sobre a nossa vida, basicamente estamos nos divertindo com o que as pessoas fizeram naquele momento. De bom, de ruim, de sério, de divertido. Especialmente de divertido – porque gente que se leva a sério demais não é pra se levar a sério.

O caminho é assim: recheado de gente. Por isso que eu acho que a parte mais triste, mais difícil, mais angustiante de gerir um negócio é desligar pessoas. Claro que eu já fiz isso. Sempre tentei ser muito cuidadoso. Mas devo ter magoado alguns ao longo do percurso. E isso me deixa mal. Porque é uma estrada em que o objetivo não é chegar em algum lugar e sim se manter caminhando por ela. Quando a gente desliga alguém é tirar a estrada deste alguém. Que vai ter que penar para encontrar uma nova. Então, ao contrário do que se esperaria, ao completar 20 anos, a primeira coisa que peço é desculpas para todos aqueles que tive que tirar da Binder.

Curiosamente – e até meio anacrônico com vários dos momentos empresariais por onde passamos –, eu sempre quis ter um lugar legal para trabalhar. E sempre me preocupei com isso. Hoje está na moda essa coisa de dizer que há um esforço para fazer os ambientes legais. Já ouvi dizer que, em algumas empresas, até existe uma gerência de happiness”. Felicidade, ser legal, ser correto, ser transparente, tem que ser implícito. Tem que ser um elemento importante na hora de escolher alguém para colocar para dentro da empresa. Deveria estar escrito só contratamos gente legal”. Mas não precisa, porque o não legal se expurga sozinho. Acho que outra coisa que gostaria de dizer ao completar 20 anos é “obrigado a cada um que faz daqui um lugar legal”.

Acho que minha história, os lugares por onde passei, as agências, as pessoas, os clientes, os fornecedores, de antes da Binder, criaram o Glaucio que abriu a Binder. Não são os últimos 20 anos. São os 20 anos antes dos 20. E isso é algo que preciso valorizar: a história que forma cada indivíduo. Pedro Nava dizia que experiência é um farol voltado para trás. Acho que não concordo. A história que temos, que acumulamos, nos torna mais ricos, mais inspiradores, mais resilientes, mais mais… então, ao completar 20 anos de Binder, queria muito dedicar isso aos 20 anos anteriores a ela.

Todo este texto é na primeira pessoa sim. Porque a pessoa aqui quer agradecer a tudo e todos que fizeram para chegarmos aos 20 anos. Então, sou eu me desculpando e agradecendo. Porque a frase não chegaria aqui sem a ajuda de todo o time” é óbvia demais para resumir o tanto que preciso agradecer.

Glaucio Binder é sócio/fundador da Binder Comunicação 

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