Sérgio Hondjakoff já está em tratamento: “Disposto a conversar”

Terapeuta Sandro Barros, indicado por Bruno Gagliasso, Kayky Brito e Rafael Ilha, cuidará do caso

Cadu Safner
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Com o apoio de Bruno Gagliasso e Kayky Brito, amigos de longa data dos tempos de Globo, Sérgio Hondjakoff já deu inicio ao tratamento para vencer a luta contra o vício das drogas. O eterno intérprete de Cabeção, do seriado Malhação, agora está sob os cuidados de Sandro Barros, terapeuta que desenvolveu um método transformador na recuperação de pessoas que passam pela mesma situação. A coluna LeoDias conversou com o profissional, que adiantou como será o processo que se aplicará no caso de Serginho.

Sandro conversou durante quase uma hora com Serginho por telefone após o vídeo em que ele aparece alterado, brigando com o pai, viralizar na web. O ator foi convencido por Gagliasso, Kayky e também por Rafael Ilha, a atendê-lo. “Falei com ele e como terapeuta, eu entendi suas questões”, relatou Sandro à coluna.

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Sandro Barros, terapeuta, cuidará de Sérgio Hondjakoff
Bruno Gagliasso envia mensagem de apoio a Sérgio Hondjakoff
Sérgio Hondjakoff
Sandro Barros, terapeuta, cuidará de Sérgio Hondjakoff
Sandro Barros, terapeuta, cuidará de Sérgio Hondjakoff
Sérgio Hondjakoff
Sandro Barros, terapeuta, cuidará de Sérgio Hondjakoff
Sandro Barros, terapeuta, cuidará de Sérgio Hondjakoff
Sérgio Hondjakoff
O ator ao lado da namorada e do filho do casal, Benjamin
Sérgio Hondjakoff
Sérgio Hondjakoff
Sérgio Hondjakoff

“Ele me recebeu bem porque fui indicado. Conheço o Kayky Brito tem mais de 20 anos, sou amigo do Bruno e também teve o Rafael Ilha. O Sérgio estava disposto a conversar. Foram essas três pessoas que fizeram com que ele me atendesse”, explicou o profissional, que chegou a viver por 20 anos afundado nas drogas.

Hoje, como terapeuta, Sandro atende pacientes de maneira on-line fora do Rio de Janeiro e também fora do Brasil, como Austrália, Europa e Estados Unidos, além de também atuar salvando pessoas em situação de rua.

Terapeuta e acompanhante terapêutico: entenda a diferença

“Esse meu trabalho de acompanhante terapêutico, em alguns momentos, é tipo um amigo terapeuta, é diferente de psicólogo e psiquiatra, por isso eu complemento esses profissionais. O acompanhante tem muita proximidade e não tem o distanciamento que o psicólogo e psiquiatra precisam ter. O ideal seria o paciente ter um psicólogo por semana, um psiquiatra por mês pelo convênio e ainda o acompanhante terapêutico”.

O diferencial no tratamento de Sérgio Hondjakoff

“O meu consultório é o cotidiano. O trabalho de acompanhante terapêutico não dá para ser feito on-line. O que eu faço é levar para passear, fazer um esporte, mas cada caso é um caso. Quando a gente fala de comportamento humano, é um cronograma diferente para cada um. Tem paciente que quer correr na praia, tem aquele que quer andar de skate, jogar futevôlei.

E será assim com Serginho. Vou descobrir o que ele gosta de fazer, criar um cronograma que ele goste de praticar, mas sobretudo, eu preciso trabalhar o três pilares: alimentação, sono e atividade física. Quem está nas drogas não come direito, não dorme direito e não faz esporte. O sono tem função reparadora, alimentação também, precisa comer no horário e fazer atividade física”, explicou Sandro.

Espiritualidade será uma das bases

“Eu tenho um tripé: a espiritualidade desenvolvida, técnicas de cursos e treinamentos, tudo que eu estudei e me preparei, a expertise da minha vivência, pois eu passei por isso. Como eu já passei por isso, as pessoas me dão autoridade no assunto”, faz ele a ressalva. Sandro Barros teve três overdoses, uma tentativa de suicídio e hoje é chamado por amigos próximos de “Milagre ao vivo”.

Sandro afirma que nenhum paciente é orientado a se aproximar da religiosidade. “Eu aproximo o paciente da espiritualidade. Eu pergunto: ‘Qual o seu poder superior?’. Tem o que diz que é Buda, o outro é Jesus, o outro é ateu, tem quem diz que é a natureza. Então, de acordo com o poder superior da pessoa, eu trabalho isso. Se a pessoa sobe a Pedra da Gávea e lá em cima ela se sente parte do universo, então ela vai desenvolver esse tipo de relação com o poder superior dela”, diz ele.

Três pilares do tratamento

“Eu trabalho três pontos muito importantes: a maneira de ser, a forma de pensar e o jeito de agir da pessoa. A pessoa, na droga ou no álcool, ela tem um jeito de ser que não condiz com a forma e a maneira de pensar, não tem coerência entre o jeito de ser, a maneira de pensar e a forma de agir. Ela fala uma coisa e faz outra”, explica Sandro, que sente dificuldade em dar alta aos seus pacientes pelo grande apelo afetivo que esse tratamento causa.

Ele também conta que a clínica é o ultimo recurso no seu tratamento. “Eu tento de tudo. Eu evito internações. Uma das funções é evitar a internação ou então eu atender o paciente depois que ele sai da internação, na inserção social. É como uma fisioterapia, quando a pessoa sai de um estado clínico e ela precisa fazer três meses de fisioterapia pra voltar a andar”, conclui ele.

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