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Saiba como será a distribuição das doses do 1º lote da Coronavac no DF

Vacinação acontecerá entre 10h e 18h desta terça (19/1) e terá horário ampliado na quarta, começando às 8h. Segunda dose será em 14 dias

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Vacinação
1 de 1 Vacinação - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Com a chegada do esperado primeiro lote da Coronavac ao Distrito Federal, a Secretaria de Saúde dá início, às 10h desta terça-feira (19/1), à primeira fase do plano distrital de vacinação.

Com a redução do número inicialmente previsto pelo Ministério da Saúde, a pasta local reajustou o primeiro grupo prioritário e destinará as 105.960 doses que pousaram em solo brasiliense para cerca de 51 mil pessoas, já que o composto exige duas doses num mesmo indivíduo dentro de 14 dias. As informações foram divulgadas durante uma coletiva para a imprensa, realizada na tarde de segunda-feira (18/1).

Embora a programação inicial fosse para que a campanha começasse apenas na quarta-feira (20/1), o Governo do Distrito Federal (GDF) decidiu antecipar a imunização e focar no primeiro grupo prioritário. Ele é composto por profissionais da linha de frente de combate à pandemia, o que inclui não apenas médicos, mas toda a hierarquia, do vigilante à limpeza, técnicos, administrativos, enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas com atuação em unidades de terapia intensiva (UTI).

A mesma leva contemplará funcionários do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e profissionais do Corpo de Bombeiros (CBMDF) que atuam no atendimento pré-hospitalar emergencial. Aqueles que atuam em unidades de atenção primária de saúde, atendendo pessoas com suspeita de Covid-19, também terão o direito de receber as doses da vacina chinesa em duas etapas.

 Quem atua na rede privada e em unidades militares, cerca de 27,5 mil pessoas, também será imunizado na primeira fase. No total, apenas as pessoas que trabalham na linha de frente da pandemia somam 49.629 nomes cadastrados pela Secretaria de Saúde, o que representa 34% de todos os profissionais da saúde.

Além disso, idosos e pessoas com deficiência que estejam acolhidos em abrigos e asilos, bem como os cuidadores, receberão a visita de uma equipe especializada da Secretaria de Saúde para que não tenham de se deslocar até as unidades de vacinação. No total, o grupo conta com 826 pessoas nessas condições.

Indígenas também serão beneficiados com a imunização no próprio território indígena, que somam 95 indivíduos. Pelos cálculos do GDF, 51,2 mil pessoas terão o direito de receber as duas doses da vacina chinesa na primeira etapa, segundo dados obtidos pelo Metrópoles .

“Se nós tivermos cerca de 105 mil doses, faremos a primeira dose dessas 51 mil pessoas nesta semana e já tentando fazer o retorno para a segunda dose, daqui a 14 dias. As pessoas precisam guardar o comprovante da vacina para que a equipe saiba qual foi o laboratório da primeira dose recebida. Se ela faz a vacina hoje e de outra marca daqui a 14 dias, ela pode não ficar bem imunizada”, alertou o secretário adjunto interino de Atenção à Saúde, Alexandre Garcia.

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Locais e horários de vacinação

De acordo com as autoridades da pasta, apenas nesta terça-feira, o horário de vacinação para esse grupo será das 10h às 18h. Nos próximos dias, o período será ampliado, começando às 8h. “O processo está iniciando agora e não encerrando agora. Até que finalizemos todo esse processo, é importante que as pessoas permaneçam seguindo as medidas protetivas, usem máscaras e mantenham o distanciamento”, frisou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.

Diferentemente de outras unidades da Federação, no Distrito Federal não haverá uma solenidade para registrar as primeiras doses da Coronavac que forem aplicadas. Nos bastidores, a decisão é atribuída ao governador Ibaneis Rocha (MDB), contrário à politização da campanha para vacinar a população local.

Para atender os beneficiários do chamado grupo prioritário, a Secretaria de Saúde planejou a vacinação em todas as unidades de referência do Distrito Federal, como Hospital de Base (HBDF), de Santa Maria (HRSM), de Ceilândia (HRC), de Taguatinga (HRT) e de Samambaia (HRS), por exemplo. No total, cerca de 16 endereços ligados à pasta vão receber as doses da vacina que foi feita numa parceria entre o Instituto Butantan, de São Paulo, e a farmacêutica chinesa Sinovac.

A princípio, da Câmara Fria – onde estão atualmente armazenadas – as fórmulas seguirão para pelo menos oito unidades regionais de resfriamento das regionais de saúde, que abastecerão os hospitais de referência e também a central do Samu.

De acordo com o secretário Osnei Okumoto, o Distrito Federal conta com a capacidade de até 169 salas de vacina em toda a rede pública local. “No entanto, essa é nossa capacidade máxima de poder fazer o atendimento da população local. Como a gente vai recebendo aos poucos esse quantitativo de imunizantes, nós vamos disponibilizando nessas unidades, nessas salas de vacinação, de acordo com esse quantitativo”, pontuou.

Para ter acesso ao antídoto, a Secretaria de Saúde informa que os integrantes da primeira leva estarão cadastrados pelo sistema eletrônico da pasta, o que vai restringir o acesso a outras pessoas de diferentes grupos prioritários que não os incluídos na atual fase de imunização.

“Infelizmente, ainda não conseguimos vacinar todo o público que nós gostaríamos de atingir. Esse processo se inicia agora. Esperamos e contamos com a compreensão de todos, uma vez que já está bem definido qual será o público que receberá as primeiras doses e, a partir de então, vamos aguardar a próxima remessa para que possamos dar continuidade ao processo de imunização no DF”, explicou o secretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.

Próximas etapas

A princípio, idosos acima de 75 anos estavam previstos para serem imunizados na primeira leva, mas de acordo com novas orientações do Ministério da Saúde, esse grupo de pessoas foi transferido para a próxima fase, ainda sem data confirmada para ser iniciada. Com isso, os idosos em geral (a partir de 60 anos) – integrantes do grupo de risco – devem ser contemplados na próxima chegada de imunizantes enviados pela União.

“Isso é um contínuo, é só o início de um processo que demorou-se muito tempo para começar. A gente precisa informar às pessoas de casa que elas serão contempladas, que não precisam ir em busca de unidades hospitalares, nem de unidades de atenção primária se estiverem fora do grupo prioritário. Importante que essas pessoas fiquem em casa e que acompanhem onde cada grupo se encaixa. O mais importante está acontecendo hoje, com a chegada das vacinas. Infelizmente, não é o número que sonharíamos, mas é o início de um processo que vai perdurar por algumas semanas”, destacou Garcia.

Para a última etapa, a expectativa é imunizar pacientes com comorbidades, professores e profissionais que atuam nas forças de segurança e salvamento. “O plano é muito dinâmico. Ele pode ser alterado de acordo com o acesso que tivermos às vacinas”, completou o secretário adjunto. Segundo ele, a rede pública de saúde está abastecida de insumos para aplicação dos compostos e, diferentemente do que ocorreu em Manaus (AM), não há risco de o DF ter desabastecimento de oxigênio nas unidades públicas locais.

Veja a expectativa de etapas de vacinação:

Colaborou Gustavo Moreno

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