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“Pazuello designou assessor para cuidar da minha vida”, diz ex-mulher

Andrea Barbosa também diz aguardar aceno do ex-ministro da Saúde para cumprir com a decisão de dissolver união estável que durou 16 anos

atualizado

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Andrea Barbosa
1 de 1 Andrea Barbosa - Foto: Reprodução / Instagram

Ex-mulher de Eduardo Pazuello, a dentista Andrea Barbosa revelou, na sexta-feira (12/11), que o ex-ministro da Saúde designou um assessor exclusivo para tratar da dissolução da união estável do casal. O servidor seria nomeado dentro da estruturas do Palácio do Planalto.

O Metrópoles revelou que o atual secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República tenta evitar a assinatura da separação desde quando foi flagrado ao deixar o Hotel de Trânsito de Oficiais (HTO), localizado no Setor Militar Urbano (SMU), com a ex-assessora Laura Appi – ela ocupava uma diretoria no Ministério da Saúde.

Pazuello “dribla” ex e não assina fim de união estável

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Segundo ela, foi o referido assessor – identificado como Paulo César – que teria a procurado para demonstrar interesse em acelerar o processo de separação do ex-ministro. Contudo, mesmo após a iniciativa, não houve mais avanços na dissolução do acordo.

“Eu fiquei sabendo por esse assessor dele que ele tinha pressa na dissolução da união estável quando a bomba estourou. Então eu convoquei o advogado fiquei à espera do Pazuello e, logo depois disso, as coisas paralisaram. Meu contato com ele é através de assessores, porque é esse assessor que toma conta da vida financeira dele e que impõe para mim como é que eu devo viver aqui no Rio de Janeiro. Ele que comanda a vida do Eduardo e eu me sinto refém do Eduardo por conta disso”, disse durante entrevista à coluna Janela Indiscreta.

Ouça a entrevista:

Separação conturbada

Andrea aceitou conversar com a coluna Janela Indiscreta, do Metrópoles, sob a condição de que o material fosse publicado na íntegra, sem qualquer tipo de edição. A entrevista ocorreu depois de a ex-esposa de Pazuello confirmar a dificuldade de concluir o processo de separação e frisar que está “exaurida” com a situação vivida.

A dissolução foi decidida por ambos, segundo Andrea, no fim de agosto de 2020, quando ela descobriu a suposta infidelidade do ex-ministro com Laura Appi, então assessora do Ministério da Saúde. Após o episódio, Laura, que é médica, foi promovida ao posto de diretora de Programas da pasta, um dos cargos mais relevantes dentro da estrutura do órgão.

“Eu me separei de fato, eu não quis mais vê-lo, em agosto do ano passado, quando recebi uma hipocrisia tamanha de Brasília. No mesmo dia que recebi no dia do meu aniversário os parabéns da primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, eu também recebi fotos do churrasco com a assessora [Laura Appi]. Então, acho que fui vítima de hipocrisia, de abuso e de muitas coisas que as pessoas não sabem”, disse.

Antes de descobrir a suposta traição, Andrea já havia tido embates com o ex-marido, quando ele atuava como secretário-executivo do Ministério da Saúde. Um dos principais motivos, segundo ela, era pelo fato de Pazuello defender o uso de tratamento precoce para a Covid-19.

Vulnerabilidade

A ex-mulher de Pazuello afirma estar em situação de vulnerabilidade e, por isso, decidiu deixar Manaus e voltar para o Rio de Janeiro, cidade de origem e onde mantém vínculos familiares.

“A situação me deixa muito constrangida porque, quando eu entro na internet, sou sempre falada como mulher interesseira. Conheço Eduardo há 30 anos eu tenho 16 de relacionamento com ele, então, não foi uma vidinha que começou agora e por interesse. Nem pensão eu recebo e isso me constrange, sabe? É constrangedor porque eu não estou economicamente ativa, estou fora do mercado, embora seja dentista. Sofri vários tipos de abuso patrimonial, moral, psicológico. Então, assim, as coisas complicam muito quando você é refém de uma situação”, assinalou Andrea.

O Metrópoles acionou a Secretaria de Comunicação e a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, com o objetivo de ouvir o ex-ministro Eduardo Pazuello, mas não houve manifestação até a publicação da reportagem. O conteúdo será atualizado se houver posicionamento oficial do Palácio do Planalto.

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