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Pandemia: estudo aponta que 24% dos brasilienses vivem em crise financeira

A amostra nacional também indica que pelo menos 20% dos entrevistados do DF tiveram queda parcial nos rendimentos domésticos

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 Conjunto nacional -reabertura de shopping provoca filas nas entradas.jpg - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Apesar da autorização do governador Ibaneis Rocha (MDB) de retomar as atividades econômicas no Distrito Federal, pelo menos 24% dos brasilienses ainda relatam viver algum tipo de crise financeira causada pela pandemia do novo coronavírus. Desse total, 4% relataram ter perdido totalmente as receitas domésticas e outros 20%, com quedas parciais no rendimento familiar.

Com um elevado número de servidores públicos concursados e comissionados, o cenário local é ainda menos pessimista que o encontrado no Brasil, onde 41,2% dos entrevistados disseram estar enfrentando um momento delicado em relação às finanças pessoais. Do total, 7% tiveram suas receitas totalmente perdidas e 34,2% parcialmente reduzidas.

Se comparado com outras unidades da Federação, o DF também apresenta uma avaliação mais confortável. O recorte de São Paulo revelou que 44,4% dos paulistas ainda estão enfrentando problemas financeiros. No caso de Minas Gerais, a situação também se assemelha ao do estado vizinho: 43,9% dos mineiros ainda reclamam de perdas na receita familiar.

Os dados são um recorte de um estudo nacional realizado pela Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, com o objetivo de entender como andam as finanças pessoais dos brasileiros. A plataforma foi criada para auxiliar os usuários no controle de gastos domésticos.

Receita doméstica

Os números do levantamento também indicam outra tendência: os brasileiros mudaram a prioridade de gastos e também elevaram despesas domésticas durante a pandemia, em especial com água, luz e gás. No caso específico do DF, 74% afirmaram ter gastado mais com o mercado e 40% tiveram aumentos nas contas de água, energia e gás.

As compras on-line também tiveram espaço nos gastos dos entrevistados, 45,1% dos brasilienses afirmaram que compraram mais pela internet, enquanto 29,8% mantiveram os gastos. Apenas 25,1% dos respondentes disseram ter reduzido essa despesas.

“Percebemos que o aumento de gastos com uma determinada categoria vem justamente para balancear a redução em outros serviço durante a pandemia. As pessoas gastam mais com supermercado, mas reduzem em Lazer e Restaurantes. Nesse sentido, o importante é se atentar para que os gastos não ultrapassem os ganhos do mês”, explicou Carlos Terceiro, CEO da Mobills.

O levantamento aconteceu entre os dias 2 e 13 de julho, com mais de dois mil usuários da plataforma, com idades entre 18 e 60 anos, de todos os estados brasileiros.

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