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Ibaneis aguarda nota da Saúde para reduzir intervalo de vacinas

Declaração do governador do DF é em repercussão à intenção do ministro Marcelo Queiroga de diminuir de 5 para 4 meses o tempo para 3ª dose

atualizado

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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Ibaneis Rocha fala ao público durante XLVII Congresso Nacional dos Procuradores dos Estados e do DF 7
1 de 1 Ibaneis Rocha fala ao público durante XLVII Congresso Nacional dos Procuradores dos Estados e do DF 7 - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

O governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou ao Metrópoles, neste domingo (19/12), que vai aguardar a manifestação oficial do Ministério da Saúde, por meio de uma nota técnica, para reduzir o intervalo para a aplicação da terceira dose da vacina, a chamada dose de reforço, na população do Distrito Federal.

A declaração do titular do Palácio do Buriti ocorreu após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ter anunciado, nesse sábado (18/12), que o intervalo para a dose de reforço será reduzido de cinco para quatro meses.

“Eu dependo dessa nota técnica do Ministério da Saúde para nos adaptar [à nova orientação]”, disse o governador à coluna.

De acordo com o ministro, o objetivo da medida é ampliar a proteção da população diante do avanço da variante Ômicron. A portaria com a modificação deve ser publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (20/12).

“A dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, em especial em grupos de risco”, escreveu nas redes sociais.

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Eficácia

O anúncio ocorreu após a Câmara Técnica da Secretaria de Enfrentamento à Covid-19 do governo realizar um estudo sobre a modificação. Pesquisas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, separaram dois grupos que haviam recebido as duas doses da vacina contra a doença. Um de 18 a 60 anos e outro com maiores de 60 anos, em São Paulo e Salvador. A dose de reforço foi aplicada 28 dias depois.

Imunizantes da AstraZeneca, Janssen e Pfizer induziram anticorpos em adultos e idosos. Já a vacina Coronavac induziu anticorpos em adultos e em 2/3 dos idosos. O imunizante do Instituto Butantan aumentou os anticorpos em sete vezes; o da Janssen, 61; o da AstraZeneca, 85; e o da Pfizer, 175 vezes.

O resultado reforça a orientação do Ministério da Saúde no Plano Nacional de Imunização (PNI) para vacinação com dose de reforço da Pfizer.

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