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Fraga lamenta queda do decreto de armas: “Bolsonaro não teve escolha”

Ex-coordenador da conhecida “bancada da bala” reconheceu que o presidente “não teve escolha, já que a Câmara também derrubaria o texto”

atualizado

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Um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o ex-deputado federal e coronel da reserva da Polícia Militar (PMDF) Alberto Fraga (DEM-DF) lamentou a revogação do decreto das armas, publicada nesta terça-feira (25/06/2019), em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

O ex-coordenador da chamada “bancada da bala” no Congresso Nacional reconheceu, no entanto, que o presidente “não teve escolha, já que a Câmara também derrubaria o texto”. No último dia 18, o plenário do Senado Federal decidiu tirar a validade da deliberação presidencial sobre o tema.

“Muitos deputados com quem conversei me disseram que ele [Bolsonaro] exagerou editando decreto sobre o tema, o que realmente não foi o ideal. Eu sempre defendi que fosse por meio de um projeto de lei”, lembrou Fraga ao Metrópoles.

Segundo o ex-congressista, a polêmica se deu pela limitação prevista de 20 categorias “beneficiadas” na versão do Palácio do Planalto, o que teria, segundo o democrata, gerado “ciumeira” e “desconforto” entre cidadãos não contemplados. “Foi uma derrota para todo mundo”, emendou.

Fraga ainda nutre a esperança de que um novo projeto seja apresentado no Senado Federal, com a previsão de se acabar com a “discricionariedade”, atual regra que garante ao delegado de Polícia Federal opinar na concessão ou não da posse de arma. “Hoje, eles dão o porte para quem eles querem.”

Ainda segundo o coronel, para conseguirem aprovar a medida, os senadores devem manter o recadastramento obrigatório por quem já tem a licença para andar armado, incluir a previsão para estender o direito aos moradores da área rural e também manter os 10 anos de validade do documento. “Esses são os pontos apoiados pela maioria das bancadas”, acredita.

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