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Duas variantes da Covid-19 foram encontradas em pacientes do DF

De acordo com secretário de Saúde, uma nota técnica será emitida ainda nesta terça-feira (9/3) para detalhar informações sobre a pandemia

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Autoridades do DF visitam Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen)
1 de 1 Autoridades do DF visitam Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, adiantou que pelo menos duas variantes da Covid-19 foram encontradas em pacientes internados na rede hospitalar do Distrito Federal.

Durante coletiva de imprensa realizada no Palácio do Buriti, nesta terça-feira (9/3), o titular da pasta afirmou que uma nota técnica será expedida oficialmente para detalhar qual tipo de mutação foi encontrada e a quantidade de pacientes.

“Em relação às novas cepas, a gente percebe que há uma transmissibilidade maior e os pacientes ficam mais tempo hospitalizados, o que requer mais insumos e, consequentemente, maior uso de leitos, mesmo com a letalidade menor”, disse.

Okumoto informou que, anteriormente, todo o material biológico coletado era encaminhado para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, mas que agora as amostras passaram a ser analisadas pelo Laboratório Central da Secretaria de Saúde (Lacen-DF).

“Toda vez que a gente realizava o exame, encaminhávamos a amostra para o Adolf Lutz a fim de saber a característica mutante, mas agora já temos essa análise aqui pelo Laboratório Central. Hoje informaremos o quantitativo de pacientes encontrados, mas já são pelo menos duas cepas diferentes”, disse.

Consciência

Pela taxa de transmissibilidade alta e o tempo maior de internação, Okumoto pediu que a população tenha consciência e respeite o momento pandêmico atual vivido na capital da República.

“De ontem para hoje, a taxa de transmissão era 1,38. Hoje, embora tenha reduzido, ainda está alta: 1,32. Esperamos que com essas medidas, esses índices venham a diminuir. O percentual de ocupação está em quase 96%, com a abertura de alguns leitos de ontem para hoje, mas até o fim do dia deve aumentar. Quando alguém recebe alta, o leito é logo ocupado. Se a população não entender que a situação é grave, não vamos conseguir diminuir a transmissibilidade e a taxa de ocupação de UTI”, disse.

Durante a coletiva, Osnei Okumoto voltou a tranquilizar a população ao frisar que o contrato mantido atualmente pelo Governo do Distrito Federal (GDF) com as distribuidoras de oxigênio é suficiente para o atendimento atual. O titular da pasta, contudo, alertou sobre o risco de a procura pelo gás vital crescer no país, o que pode impactar no atual cenário do DF.

“O contrato da SES atende a necessidade atual e nos dá segurança por enquanto, mas não dará se o Brasil inteiro precisar de oxigênio. Então é importante que todos os estados tenham o cuidado que o DF tem tido”, destacou.

Fiscalização

A coletiva foi realizada com a presença do secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, e de Segurança Pública, Anderson Torres, responsável pela força-tarefa que fiscaliza se as pessoas estão cumprindo o lockdown e o toque de recolher anunciados pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).

De acordo com Torres, neste momento as barreiras policiais e a atuação das equipes servirão apenas para orientar a população a ter maior consciência sobre a situação de emergência pública. No primeiro dia de atuação, não houve registros mais graves de descumprimento, conforme adiantou.

“Estamos aqui para orientar e recomendar sobre as regras impostas. Há aquelas pessoas que se negam e essas sim serão penalizadas. Mas a grande maioria da população tem sido parceira.”

Conforme o decreto assinado pelo governador do DF, as medidas permanecerão em vigor na capital federal até o próximo dia 22.

 

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