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Dino ataca Bolsonaro: “Deveria fazer algo útil e não passear de jet ski”

Governador do Maranhão rebateu críticas do presidente às medidas sanitárias implantadas para conter o coronavírus

atualizado

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Andre Borges/Esp. Metrópoles
Governador do Maranhão, Flávio Dino
1 de 1 Governador do Maranhão, Flávio Dino - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), rebateu, neste domingo (10/05), ataques virtuais disparados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre as medidas protetivas determinadas no estado.

Pelo Twitter, o titular do Palácio do Planalto havia criticado o chamado lockdown – confinamento em português – instituído em cidades como São Luís (MA). “O chefe de família deve ficar em casa passando fome com a sua família. Milhões já sabem como é viver na Venezuela”, escreveu o capitão do Exército reformado.

Dino também usou a mesma rede social para contra-atacar. Em sua conta no micro-blog, o governador maranhense diz que Bolsonaro tenta “sabotar” as medidas sanitárias.

“Bolsonaro inicia o domingo me agredindo e tentando sabotar medidas sanitárias determinadas pelo Judiciário e executadas pelo Governo. E finge estar preocupado com o desemprego. Deveria então fazer algo de útil e não ficar passeando de jet ski para ‘comemorar’ 10.000 mortos”, escreveu.

Veja a publicação:

O governador do Maranhão se referia ao passeio do presidente de ontem à  tarde no Lago Paranoá revelado pelo Metrópoles. Neste mesmo dia, o Brasil bateu a marca de 10 mil mortes em razão do coronavírus.

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Manifestações
No sábado (09/05), pelo segundo fim de semana seguido, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniram na Esplanada dos Ministérios, para uma manifestação a favor do governo federal e contra os poderes Legislativo e Judiciário.

Os apoiadores, muitos sem máscaras de proteção, iniciaram o movimento por volta das 9h30, fizeram uma oração na altura da Catedral e seguiram até o Palácio do Planalto. Durante o trajeto, foram ditas palavras de ordem contra o ministro Sérgio Moro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nos pontos de concentração do ato – Museu da República e Congresso Nacional – os participantes se aglomeraram, desrespeitando o atual decreto do Governo do Distrito Federal (GDF) que proíbe concentração de pessoas.

Um líder do movimento do agronegócio que apoia Bolsonaro minimizou a pandemia do novo coronavírus. “Estou desde o dia 15 de março nas ruas, sem máscaras. Quem está de máscara são os governadores. Eu estou aqui sem máscara e não tenho o vírus. Ninguém aqui tem. O único vírus que precisamos acabar é com o da corrupção”, disse antes de ser aplaudido pelos manifestantes.

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