Calheiros sobre decisão pró-Lula: “Desastre da antecipação da culpa”
Pelo Twitter, senador afirmou que a “judicialização da política fracassou” ao comentar reviravolta do processo contra ex-presidente
atualizado
Compartilhar notícia
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou, nesta terça-feira (9/3), que “a tentativa de judicialização da política fracassou”. Em postagem feita nas redes sociais, o parlamentar comentou a decisão do ministro Edson Fachin, de suspender as condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Há lições no caso Lula. A tentativa de judicialização da política fracassou, independência dos poderes é sagrada, lei de abuso de autoridades é avanço e o Juiz de Garantias pode evitar reencarnação de verdugos como Sérgio Moro. O caso Lula mostra o desastre da antecipação da culpa”, escreveu o ex-presidente do Congresso Nacional.
Veja a publicação:
Há lições no caso Lula.A tentativa de judicialização da política fracassou, independência dos poderes é sagrada,lei de abuso de autoridades é avanço e o Juiz de Garantias pode evitar reencarnação de verdugos como Sérgio Moro. O caso Lula mostra o desastre da antecipação da culpa. pic.twitter.com/R6knnfWxYB
— Renan Calheiros (@renancalheiros) March 9, 2021
Suspeição
No início da tarde, após o ministro Gilmar Mendes decidir pautar a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, pedida pela defesa do ex-presidente Lula, o ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava Jato na Corte, decidiu pedir o adiamento do julgamento e o envio do caso para o presidente da Corte, ministro Luiz Fux – que terá que resolver a divergência.
Fux, por sua vez, encaminhou a decisão para que o plenário supremo decida se vai acolher ou não o pedido do magistrado.
Na segunda, após anular as condenações de Lula, Fachin declarou que o processo de suspeição de Moro tinha o perdido o objeto e não precisava mais ser analisado.
Gilmar Mendes, porém, além de ser presidente da Segunda Turma, havia pedido vista e segurava o julgamento da suspeição de Moro desde o fim de 2018, e decidiu recolocar o processo em julgamento após a entrada do ministro Nunes Marques, por avaliar que a suspeição acabaria concedida.