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Assejus representa Guedes na Comissão de Ética por falas contra servidores

Entidade do DF pede instalação de processo interno disciplinar para apuração de declarações polêmicas concedidas pelo ministro da Economia

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Ministro da Economia, Paulo Guedes
1 de 1 Ministro da Economia, Paulo Guedes - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal (Assejus-DF) protocolou representação em desfavor do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Ética da Presidência da República (CEP). A medida pede instalação de processo interno para apuração de violações ao Código da Alta Administração Federal e ao Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal supostamente cometidas pelo ministro.

Desde o início do ano, em diversas ocasiões, Paulo Guedes lançou frases que soaram como ofensas contra servidoras e servidores. De acordo com a Assejus, as declarações tentaram incitar o ódio contra o funcionalismo público “em um verdadeiro assédio institucional”. “A postura do ministro, com a pretensão de desmoralizar a categoria, tenta confundir a população com a ideia de que o serviço e os servidores públicos são responsáveis pelas diversas crises que acometem o país”, explica a entidade.

De acordo com a entidade, a postura do ministro da Economia fere o Código de Ética da Administração Federal e viola direitos constitucionais garantidos, como a honra, a dignidade, a imagem e a privacidade dos servidores. Para a Assejus, tanto quanto os servidores públicos dos demais escalões da Administração, as autoridades públicas devem primar pelo respeito à dignidade da pessoa humana (Art. 5°da CF), e seus atos devem estar sujeitos a controle e submetidos aos princípios da moralidade e da impessoalidade que regem a Administração Pública (Art. 37 da CF).

Para o diretor Financeiro da Assejus, Aldo Roberto Ribeiro Junior, “o ministro Paulo Guedes demonstra sua hostilidade contra o servidor público e perpetra um ataque covarde, mentiroso e injusto. Ele segue agindo como um banqueiro, com objetivo de beneficiar a si mesmo e aos seus colegas donos de bancos e corretoras de valores. Servidoras e servidores públicos trabalham junto ao cidadão, atendendo o povo nas suas necessidades e aflições. Para nós, o povo não é estatística, números na tela de um computador”, desabafa.

Relembre as declarações:
  • Em fevereiro, o referido ministro comparou os servidores públicos a “parasitas” cujo “hospedeiro” era o Estado brasileiro. Esse discurso ocorreu no Seminário promovido pela Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas.
  • No dia 27 de abril, em outra oportunidade, o ministro afirmou ainda que “servidor não pode ficar em casa com a geladeira cheia, assistindo à crise, enquanto milhões perdem o emprego”. No mesmo mês, outra frase polêmica foi proferida: “Tínhamos três torres a derrubar. A Previdência foi a primeira a cair e os juros também caíram. Só falta o funcionalismo público que não pode continuar subindo assim”, afirmou.
  • Em 15 de maio, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Guedes comparou servidoras e servidores públicos do país a assaltantes ao dizer: “Por favor, não assaltem o Brasil, quando o gigante está de joelhos”.

 

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