Met Gala 2022: veja a exposição que foi inaugurada no baile

Mostra In America: An Anthology of Fashion traz histórias secretas da moda. Casaco usado pelo ex-presidente George Washington abre o evento

Carina Benedetti ,
Ilca Maria Estevão
Compartilhar notícia

O Met Gala chama a atenção pelas celebridades de diferentes áreas vestindo looks poderosos feitos por estilistas especialmente para a ocasião. Por causa disso, o tapete vermelho acaba “ofuscando” o verdadeiro propósito do evento: a inauguração de nova exposição no Costume Institute, setor do Metropolitan Museum of Art (Museu Metropolitano de Arte), em Nova York. A mostra deste ano, In America: An Anthology of Fashion, é a segunda de uma trilogia que visa celebrar a moda dos Estados Unidos.

Vem conhecer mais!

Como contar a história do passado de uma forma atual? Esse foi o desafio de Wendy Yu e Jessica Regan, curadoras da atual exposição do Costume Institute. A saída foi convidar nomes pós-modernos, da moda e do cinema, como Tom Ford e Sofia Coppola, para montar salas que apresentem não só peças de roupa, mas as contextualizem por meio da decoração do cômodo. 

No total, são 13 salas “de época” que exaltam os heróis anônimos e a essência glamorosa do estilo norte-americano. Os séculos 18 e 19 são o foco da exposição, o que justifica a escolha de looks para o Met Gala 2022 de celebridades, como Billie Eilish e Laura Harrier, que podem ter parecido fora de contexto se comparados aos de outras personalidades.

Muitos entenderam Gilded Glamour – ou Anos Dourados, em tradução livre – como a Era de Ouro de Hollywood. Não à toa, miraram em ícones como Marilyn Monroe e Grace Kelly. Porém, o tema era referente a um período que se estendeu de 1870 a 1890 e que marcou a industrialização dos Estados Unidos. A moda, por sua vez, era sinônimo de excessos. 

Alessandro Michele, da Gucci, foi idealizador do look acertado de Billie Eilish

 

O verdadeiro high low: Laura Harrier usou um vestido da fast fashion H&M com joias David Yurman

 

Na maioria dos anos, o tapete vermelho estrelado do Met Gala ofusca o verdadeiro motivo do evento: a inauguração da exposição do Metropolitan Museum of Art
Peças históricas

Quem for visitar a exposição dará de cara, no primeiro momento, com itens que contam a história política dos Estados Unidos. Peças únicas e repletas de significado estão no repertório.

São eles: um casaco usado por George Washington na sua posse; uma jaqueta da Brooks Brothers – marca fundada em 1818 – que o presidente Abraham Lincoln vestia quando foi assassinado; e um casaco, feito pela etiqueta citada anteriormente, que era o “uniforme” de homens escravizados. 

Já a sala Hall McKim, Mead & White Stair foi idealizada pela diretora Sofia Coppola

 

A diretora Julie Dash foi a autora da Sala do Renascimento

 

Tom Ford foi o idealizador do quarto que faz uma nova “Batalha de Versalhes da moda”

 

No expositor de Tom Ford, vestidos de Yves Saint Laurent literalmente atacam os de Stephen Burrows

 

Sala do Renascimento, de Julie Dash

 

A Sala The Benkard é de autoria do diretor Autumn de Wide

A curadora Jessica Regan afirmou à revista Vogue que a exposição aborda períodos esquecidos que impactaram a indústria da moda norte-americana. Um exemplo é a sala Biblioteca do Renascimento Gótico, que exibe o trabalho de Elizabeth Hawes, escritora e estilista.

A moda estava presente em seus romances, o que chamou a atenção dos curadores. No livro Fashion Is Spinach, de 1938, ela fez paródias do vestuário e de seus códigos, que eram ricos em ostentação. 

 

Para outras dicas e novidades sobre o mundo da moda, siga @colunailcamariaestevao no Instagram. Até a próxima!

Colaborou Carina Benedetti

Compartilhar notícia
Sair da versão mobile