Conselho de Moda Britânico anuncia beneficiários de fundo emergencial
A primeira rodada de marcas aptas para o auxílio tem 37 nomes, incluindo jovens talentos e etiquetas experientes do London Fashion Week
atualizado
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O Conselho de Moda Britânico (British Fashion Council) anunciou, nessa quarta-feira (13/05), os primeiros beneficiários do fundo de apoio emergencial para designers independentes durante a pandemia. Criado no fim de março, o BFC Foundation Fashion Fund levantou 1 milhão de libras para a ação. Os 37 nomes selecionados reúnem jovens talentos britânicos e designers promissores do circuito da Semana de Moda de Londres. Cada um receberá até 50 mil libras, valor destinado à sobrevivência da empresa no decorrer da crise de Covid-19.
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Os nomes qualificados para receberem o auxílio foram selecionados entre os 220 designers que se inscreveram na iniciativa do BFC até agora. Segundo o conselho, os recursos foram alocados para empresas viáveis, “dependendo de sua urgência e capacidade de superar e prosperar após a crise”. Uma parte foi destinada a estudantes, conforme a organização havia anunciado.
Esta primeira rodada mescla jovens talentos e nomes recorrentes no London Fashion Week, como Richard Quinn, 16 Arlington, Matty Bovan, entre outros. Algumas labels são mais experientes no mercado, como Rocksanda. As etiquetas Ahluwalia, Chopova Lowena e Nicholas Daley integram a lista e também foram beneficiadas pelo prêmio LVMH deste ano, dividido entre os oito candidatos.
Os demais nomes beneficiados pelo fundo do BFC incluem Aries, Art School, Bethany Williams, Bianca Saunders, Chalayan, Craig Green, E. Tautz, Elv Denim, Edine Lee, Eftychia, King & Tuckfield, Kwaidan Editions, Liam Hodges, Nabil Nayal, neous, palmer//harding, Paper London, paria Farzaneh, Per Gotesson, Phoebe English, Raeburn, Richard Malone, Stefan Cooke e Toogood.
Assim como o LVMH Prize 2020, o prêmio e a mentoria do BFC/Vogue Designer Fashion Fund deste ano foram divididos entre os seis candidatos: Alighieri, Charles Jeffrey Loverboy, David Koma, Metier, Michael Halpern e Rejina Pyo. O valor desse fundo específico também entra na conta de 1 milhão de libras do apoio emergencial, bem como a quantia que seria destinada ao BFC/GQ Designer Menswear Fund e a outras iniciativas de apoio a novos talentos promovidas pela organização.
Além do auxílio financeiro, o projeto oferece mentorias de parceiros do BFC Business Fashion Network, que vão desde o Instagram a plataformas como Google e YouTube, ao grupo LVMH, o banco HSBC e a varejista on-line Farfetch. Esta primeira fase teve apoio financeiro de grandes empresas, como a Burberry e as revistas GQ e Vogue britânicas.
O Conselho de Moda Britânico manterá os candidatos que não foram beneficiados informados sobre as novas rodadas. Estas devem ocorrer a cada vez que a organização conseguir arrecadar 500 mil libras para o fundo. Segundo o comunicado, as marcas Alexander McQueen, Browns e a Coach Foundation já contribuíram com recursos para a segunda chamada.
A instituição volta a observar que 1 milhão de libras é um bom começo, mas passa longe de atender a imensa necessidade do setor neste momento. Por isso, estimula doações de grandes empresas e cobra que o governo britânico trabalhe em conjunto com o BFC para garantir “estímulos significativos” para a indústria da moda local.
O BFC estima que precisaria de um montante de 100 milhões de libras para ajudar a nova geração de talentos no período de até um ano e meio. “Nossa esperança é reabrir o fundo para futuras rodadas, ajudar o maior número possível de negócios, garantir o crescimento e o sucesso futuros da indústria da moda britânica”, frisou a diretora-executiva Caroline Rush, em comunicado.
Coronavírus no Reino Unido
Atualmente, o Reino Unido é o segundo país com mais mortes por Covid-19 no mundo e tem maior número da Europa. Por lá, foram registrados mais de 33 mil óbitos. Na escala global, fica atrás apenas dos Estados Unidos, que teve mais de 1,4 milhão de pessoas infectadas e registra mais de 80 mil mortes. No mundo inteiro, já são mais de 4,3 milhões casos, 1,5 milhão recuperados e 293 mil mortes.
O governo britânico demorou para tomar medidas de isolamento social, pois investiu inicialmente na chamada “imunização de rebanho”; quando grande parte da população pegaria a doença e desenvolveria imunidade. Entretanto, após estimativa científica do possível número de mortos dentro desse cenário, a política mudou.
Colaborou Hebert Madeira