Pressão de ministros foi decisiva para Bolsonaro preferir PL ao PP

Auxiliares colocaram ao presidente que a filiação dele ao partido comandado por Valdemar Costa Neto seria melhor para os ministros em 2022

Igor Gadelha
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A pressão de um grupo de ministros do governo também foi decisiva para o presidente Jair Bolsonaro optar por se filiar ao PL do ex-deputado Valdemar Costa Neto em detrimento do Progressistas do chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Se, por um lado, Ciro tentou convencer o chefe a ingressar no PP, por outro, ministros, como Tereza Cristina (Agricultura), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Gilson Machado (Turismo), defenderam a filiação do presidente ao PL.

Os ministros Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência) também atuaram nos bastidores para convencer Bolsonaro a escolher o PL, e não a legenda comandada pelo atual chefe da Casa Civil.

Segundo apurou a coluna, esses auxiliares presidenciais ponderaram ao chefe do Palácio do Planalto que a filiação dele ao partido de Valdemar seria melhor para os projetos eleitorais dos ministros em seus respectivos redutos eleitorais, nas disputas de 2022.

No caso de Marinho, por exemplo, o PL é melhor porque o atual ministro das Comunicações, Fabio Faria, já anunciou que se filiará ao PP. Os dois pretendem disputar a única vaga ao Senado pelo Rio Grande do Norte no próximo ano.

Além da pressão dos ministros, pesou na decisão do presidente a pressão que o próprio Valdemar fez em Bolsonaro. O presidente do PL chegou a ameaçar deixar a base aliada do governo, caso o chefe do Planalto optasse por se filiar a outra legenda.

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