Guedes já admite aumentar isenção de lucros e dividendos para R$ 25 mil

Mudanças no texto da reforma do Imposto de Renda foram discutidas pelo ministro da Economia em reunião com auxiliares no domingo (25/7)

Igor Gadelha
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, já admite, nos bastidores, aceitar uma nova mudança no projeto de reforma do Imposto de Renda (IR) enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional para aumentar para R$ 25 mil o teto de isenção para tributação de lucros e dividendos.

Em tramitação na Câmara, a proposta original prevê a cobrança de uma alíquota de 20% de Imposto de Renda sobre lucros e dividendos distribuídos por empresas. O texto inicial, contudo, sugere que pessoas físicas sejam isentas de pagar o IR sobre lucros e dividendos de até R$ 20 mil por mês.

Após críticas, sobretudo do setor produtivo, Guedes passou a admitir mudanças no projeto, como aumentar o teto da isenção para R$ 25 mil. Segundo apurou a coluna, essa e outras alterações na proposta foram discutidas pelo ministro em reunião de cerca de cinco horas com auxiliares no último domingo (25/7).

Em evento na quinta-feira (22/7), Guedes já havia sinalizado que aceitava elevar a isenção, mas não falou em valores. “Se precisar subir mais um pouquinho, sobe mais um pouco. Não quero mexer com dentista, médico, profissional liberal, não queremos atingir a classe média, nada disso”, justificou.

“Queremos tributar os mais afluentes e desonerar as empresas e assalariados”, acrescentou o chefe da equipe econômica no evento, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Desde a década de 1990, a distribuição de lucros e dividendos não é tributada no Brasil.

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