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Como o Itamaraty explica o ataque de Bolsonaro a Gabriel Boric

No debate da Band, Jair Bolsonaro afirmou que Gabriel Boric “queimou o metrô” durante protestos antes de assumir a presidência do Chile

Integrantes da cúpula do Itamaraty vêm atuando, nos bastidores, para tentar minimizar o ataque feito por Jair Bolsonaro ao presidente do Chile, Gabriel Boric, durante o debate da Band, em 28 de agosto.

O discurso de embaixadores que atuam no Ministério das Relações Exteriores brasileiro é o de que, no debate, era o “candidato Bolsonaro” falando, e não o presidente da República.

A ordem no Itamaraty é botar panos quentes no que aconteceu e ressaltar que o incidente não deve atrapalhar as boas relações diplomáticas e comerciais que Brasil e Chile possuem há décadas.

Diplomatas da alta cúpula do Itamaraty argumentam que, apesar da declaração de Bolsonaro, o Chile apoiará o candidato do Brasil para compor o Tribunal Internacional de Haia, Leonardo Caldeira Brant.

Durante o debate presidencial da Band, o atual chefe do Palácio do Planalto afirmou que Boric “queimou o metrô” durante protestos de 2019, antes de assumir a presidência do país, em março de 2022.

A fala de Bolsonaro gerou um incidente diplomático entre os dois países. O Chile convocou o embaixador brasileiro em Santiago, Paulo Roberto Pacheco, para dar explicações sobre a acusação.